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Olimpíada 2008: China critica abandono de Steven Spielberg

A embaixada chinesa em Washington qualificou como “irresponsáveis e injustas” as razões que levaram o cineasta Steven Spielberg a abrir mão de seu cargo de consultor artístico nos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008. O pronunciamento da sede diplomática foi

“A crise de Darfur não é uma questão interna da China, nem causada pela China. É irresponsável e injusto, por parte de certas organizações e pessoas, ligar esses dois temas como se fossem um só”, comentou a embaixada, referindo-se aos Jogos Olímpicos. Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) qualificou como pessoal a decisão de Spielberg, que reconheceu a relação entre a China e a situação no Sudão, acatando as críticas da atriz Mia Ferrow.


 


A própria atriz, que é embaixatriz da ONU, entregou uma carta aberta avalizada por um grupo de Prêmios Nobel da Paz ao presidente chinês, Hu Jintao, em que aconselha a China a respeitar os ideais olímpicos e a exercer pressão no Sudão para que se ponha um fim nas atrocidades.


 


O porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Wang Baodong, garantiu que tentar ligar o conflito de Darfur aos Jogos Olímpicos de Pequim “contradiz o princípio universalmente reconhecido de não politizar o esporte e é contrário ao espírito olímpico”. A direção da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos passou para as mãos do cineasta Zhang Yimou (de Herói e O Clã das Adagas Voadoras)


 


A decisão de Spielberg pode ser considerada indigesta por outras estrelas de Hollywood e também por diplomatas, chefes de Estado e parlamentares convidados pela China aos Jogos Olímpicos. Entre eles, sobressaem o presidente norte-americano Geoge W. Bush, o premier britânico, Gordon Brown, e o chefe de Estado japonês, Yasuo Fukuda.