Guimarães: 'Folha' foi preconceituosa com Igreja Universal
Tenho tido muito pouco tempo para me informar sobre o Brasil, mas essa polêmica entre a Folha (de S.Paulo) e a Igreja Universal é muito divertida. Pensem bem: como tomar partido numa desinteligência entre duas instituições sobre as quais pesa
Publicado 21/02/2008 17:03
A Folha, para variar, errou. Foi preconceituosa e irresponsável ao fazer suposições sobre a Iurd, de que a Igreja usaria o dinheiro dos dízimos para “esquentar” dinheiro obtido de forma ilegal. O jornal não faria tais suposições sobre a Igreja Católica nem tendo motivos melhores do que aqueles que apresentou contra a Iurd, ou melhor, que não apresentou.
Além disso, “seita” por que? Eu sou católico (não-praticante), mas, se alguém viesse chamar de “seita” a igreja em que fui batizado, crismado e na qual me casei, eu não iria gostar.
Claro que há vários aspectos da operação da Igreja Universal que são questionáveis, para dizer o mínimo. Mas como se trata da fé alheia, de uma fé que muita gente séria e instruída acalenta, é preciso respeitá-la. E mesmo que só gente humilde e sem instrução acalentasse, teria que acontecer o mesmo.
Fé, antes de tudo, é um sentimento. Não se pode ferir os sentimentos das pessoas de forma tão contundente sem uma boa razão, e a reportagem da Folha que a Iurd questionou não oferece provas de nada, razão nenhuma.
Esse jornalismo de “teste de hipóteses” que infesta o Brasil, já passou dos limites há muito tempo. Por isso, a Igreja Universal, mesmo com todos os questionamentos sérios que pesam sobre si, está prestando um serviço público ao processar a Folha. Tomara que ganhe a causa.