Médicos do DF prometem cruzar os braços por cinco minutos nesta sexta-feira
Profissionais da rede pública de saúde de Brasília prometem cruzar os braços por cinco minutos, a partir das 15h desta sexta-feira (22). O ato simbólico, programado pelo Sindicato dos Médicos (Sindmédico-DF), tem como objetivo chamar a atenção do Governo
Publicado 22/02/2008 10:33 | Editado 04/03/2020 16:42
O presidente do Sindmédico, César Galvão, defende que a paralisação não irá interferir no atendimento a ser prestado aos pacientes nos postos e hospitais do DF. Segundo ele, os profissionais que estiverem realizando procedimentos como cirurgias, exames e tomografias “obviamente não irão participar do ato”. “O sindicato não iria propor nada irresponsável, que pudesse prejudicar a população”, afirma.
A categoria reivindica melhores condições de trabalho e equiparação salarial com os médicos da Polícia Civil do DF, que hoje recebem R$ 11.300 no início de carreira, para uma carga de trabalho de 40 horas semanais. Os médicos do GDF ganham, atualmente, R$ 6.300 para a mesma carga horária. Os profissionais também reclamam da estrutura. Segundo Galvão, faltam equipamentos, profissionais e até mesmo insumos básicos, como papel para preenchimento de formulários na rede de saúde pública.
Justiça
O Sindmédico entrará nesta sexta-feira com agravo de instrumento no Tribunal de Justiça do DF. A categoria tenta reverter a decisão judicial que negou liminar que pedia a suspensão da divulgação da escala de plantão dos médicos da rede pública. Em vigor desde o dia 1º deste mês, a portaria nº 10 foi instituída pelo GDF com o objetivo de coibir os atrasos e faltas sem justificativa dos profissionais da área de saúde. César Galvão, porém, considera a medida injusta, por ser válida somente para médicos e não estendida para trabalhadores de outras classes.
O subsecretário de Atenção à Saúde, João Luiz Arantes, por sua vez, garante que a divulgação da escala diária com os horários de atendimento dos funcionários também é aplicada a profissionais de outras áreas, como nutricionistas, enfermeiros, dentistas e até os chefes do posto. “O mínimo que o servidor público pode fazer é cumprir o horário”, considera Arantes.
Fonte: Correioweb