CTB discute Piso Regional no Rio Grande do Sul
Com a maior representação de entidades e sindicalistas, a CTB do Rio Grande do Sul participou na manhã desta segunda-feira, 25, da Plenária dos Trabalhadores, ocorrida na Assembléia Legislativa, que discutiu as propostas a serem encaminhadas pelas cent
Publicado 25/02/2008 17:37 | Editado 04/03/2020 17:12
Os trabalhadores gaúchos defendem que o reajuste do piso salarial estadual deve preservar a proporcionalidade original entre o piso e o salário mínimo nacional, objetivando a manutenção diferencial que motivou a implantação do piso regional no Rio Grande do Sul, ou seja, o valor de 1.28 salários mínimos nacionais na faixa I do Piso Salarial Estadual – RS.
O governo federal construiu em 2006, em conjunto com as centrais sindicais, uma política permanente de valorização do salário mínimo nacional. O processo de negociação aberto resultou significativos ganhos percentuais para o salário mínimo e na criação de uma política permanente de valorização até 2010.
O encontro produziu um documento que foi entregue ao presidente da Assembléia Gaúcha, no qual as centrais sindicais reivindicam a alteração do enquadramento das categorias dos empregados na indústria da alimentação (da faixa III para faixa IV), na saúde (de II para IV), no comércio (III para IV), na indústria do calçado e vestuário (II para III) e a inclusão das categorias dos trabalhadores em empresas do ramo imobiliário (faixa IV), dos empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares (faixa III), vigilantes (faixa IV), trabalhadores em telecomunicação, operadores de tele-marketing e tele-atendentes (faixa IV), trabalhadores de garagem e estacionamentos, motoristas, cobradores e taxistas, táxi lotação (faixa IV) e empresa da pesca, capturação do pescado (pesqueira) (faixa I).
Além dessas reivindicações, os trabalhadores querem ainda a criação de um fórum permanente de negociação, que contemple a participação das centrais, federações e sindicatos, com a finalidade de negociar o reajuste do piso salarial regional anualmente, com o acompanhamento da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) na fiscalização da aplicação da Lei.
Os trabalhadores também entendem necessária a Criação de Comissão Permanente de Capacitação do Trabalho, Qualificação Profissional e Piso Salarial Estadual dentro da Assembléia Legislativa do Estado, com a participação dos trabalhadores para construção do piso regional.
O documento assinado pelas centrais e federações diz que “é urgente estabelecer uma estratégia de recomposição das perdas salariais referentes ao piso regional, retomar a pauta na sua integralidade, esclarecer e definir sobre espaços de interlocução para tratar desse tema no Estado do Rio Grande do Sul”.
Assinaram o documento a CTB, através dos companheiros Vicente Selistre, vice-presidente Nacional e Abigail Pereira, Secretária Nacional de Mulheres, a CUT, representada pelo presidente Celso Woichieckowscky, a FORÇA SINDICAL, representada por Cláudio Janta e a UGT, representada por Paulo César, o PC. Também participaram as Federações dos Comerciários, através do presidente Guiomar Vidor, da Alimentação, Darci, dos Hoteleiros, Agapito e dos Trabalhadores na Agricultura, Nelson Wilde.
De Porto Alegre
Sônia Corrêa