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Rádio Vermelho – Saldo positivo das reservas é resultado do equilíbrio econômico

O fato de as reservas internacionais brasileiras terem superado o total da dívida externa é resultado da seriedade do trabalho do governo e da estabilidade econômica, segundo observou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje (25), no programa semanal

“É uma demonstração que nós estamos dando para a sociedade de que nós vamos transformar este país definitivamente numa grande economia e numa grande nação”.


 


O anúncio de que o Brasil atingiu montante maior de reservas externas (cerca de US$ 180 bilhões) do que o total da dívida no exterior foi feito pelo Banco Central no último dia 21. Foi a primeira vez que o Brasil tornou-se credor externo.


 


“Essas reservas são superiores a tudo o que o governo deve e a tudo o que deve a iniciativa privada no exterior. (…) Isso dá tranqüilidade à família e isso dá tranqüilidade ao país, dá tranqüilidade ao governo”.


 


Além da possibilidade de o mundo financeiro acreditar mais no Brasil, Lula disse que o saldo positivo de US$ 4 bilhões (diferença entre a dívida e o total das reservas) é fruto do “que foi construído ao longo de muitos anos com erros de outros governos, com erros nossos e com acertos”.


 


Para ele, chegou-se a um ponto de equilíbrio que garantiu estabilidade econômica, controle da inflação, crescimento do crédito e do mercado interno, mais capacidade de compra por parte da população e também diversificação da pauta de exportação, acompanhada de crescimento em números. Com esse cenário, observou o presidente, o Brasil não só mostra solidez, mas também capacidade para enfrentar uma possível crise na economia americana.


 


O presidente ressaltou números que corroboram sua tese. Lula lembrou que a indústria como um todo cresceu 6% em 2007 e que a indústria de veículos, particularmente, cresceu 15,2%. No mês de janeiro, foram 142 mil empregos com carteira assinada. “A folha de pagamento da indústria também está crescendo, a produtividade está crescendo”.


 


Lula afirmou ainda que tem expectativa de um crescimento acima das próprias projeções do governo contidas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).


 


“Nós tínhamos uma previsão de crescimento de 4,5% em 2007, mas vamos crescer mais que 5%, 5% em 2008, 5% em 2009 e 5% em 2010. Eu acredito e respeito muito as avaliações dos economistas, do Banco Central e de todos os institutos, mas eu acredito que as condições estão dadas para que a gente possa crescer mais do que isso”, observou.


 


Ele ressaltou que é preciso, no entanto, garantir um crescimento sustentado e duradouro, em que não haja, por exemplo, um consumo maior do que a capacidade produtiva. Para o presidente, crescer de forma equilibrada pressupõe inflação controlada.


 


“Se a economia brasileira crescer durante 10 ou 15 anos de 5%, 4,5%, 5,5% , 6,5%, com a inflação controlada, será o melhor benefício que esse país pode ter, porque aí nós vamos elevar a massa salarial, que está acontecendo, nós vamos diminuir o desemprego no país, nós vamos aumentar o crescimento industrial, aumentar a produtividade da indústria, e vamos continuar exportando mais e crescendo o mercado interno”.


 


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Com áudio da Agência Brasil