Bancários lideram em doenças ocupacionais
Os bancários, juntamente com os trabalhadores em frigoríficos, lideram os registros de doenças ocupacionais no país. De acordo com os últimos dados do Ministério da Previdência, em 2006 foram concedidos 414.591 benefícios de auxílio-doença e 260.211 ap
Publicado 28/02/2008 23:34 | Editado 04/03/2020 17:12
O diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancarios), Ademir Wiederkehr, responsabiliza os bancos por grande parte das doenças ocupacionais. Segundo o sindicalista, as empresas poderiam aplicar parte de seus lucros em melhorias no ambiente de trabalho. Ele também critica a redução de funcionários nas agências, o que diminui os custos para os bancos, mas sobrecarrega os bancários.
“A grande questão que os bancários vêm enfrentando é a pressão das metas abusivas impostas pelos bancos e o assédio moral. Nós também colocamos como uma das prioridades da nossa campanha salarial o fim das metas abusivas e o fim do assédio moral. Não se admite que os bancos não respeitem a condição humana dos trabalhadores, ao pressionar para lucros cada vez mais exorbitantes”, diz.
Bancários realizaram ato nesta quinta-feira (28) no Centro de Porto Alegre para marcar o Dia Estadual de Combate às doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, as LER e Dort. Nesta sexta-feira (29), protestos devem ocorrer em todo o país para lembrar o Dia Internacional de Prevenção de LER/Dort.
Os sindicalistas também querem que os bancos passem a trabalhar na prevenção das doenças ocupacionais. Como as instituições não têm fornecido acompanhamento médico, muitos trabalhadores procuram os sindicatos. Somente no SindBancários, em Porto Alegre, 500 pessoas já pediram assistência médica da instituição desde 2007. A LER apareceu como a principal causa de afastamento, com 315 registros. Depois apareceu a lesão acompanhada por sofrimento psíquico, com 56 registros.