Empresa chinesa quer comprar 5 mil toneladas de borracha amazonense
A empresa chinesa Sun Hot Látex quer comprar 5 mil toneladas de borracha in natura do Amazonas. O objetivo da empresa é abastecer principalmente os mercados da Alemanha e da Argentina, seus principais clien
Publicado 28/02/2008 14:56 | Editado 04/03/2020 16:13
De acordo com Charles Lu, representante da Sun Hot, que participou da reunião, acompanhado por Yu Lan, uma das diretoras da empresa, a intenção é comprar, inicialmente, apenas a borracha prensada, com pelo menos 60% de pureza. “A matéria prima utilizada pela Sun Hot é a borracha sem qualquer beneficiamento, apenas prensada, mas nada impede que no futuro também possamos adquiri-la na forma processada, pois estamos expandindo nossa linha de produtos. Essa reunião foi apenas para estabelecer o primeiro contato e apresentar nossas intenções de compra”, afirmou.
Para o secretário Eron Bezerra, os municípios que, em princípio, podem fornecer a borracha para a China são Boca do Acre, Eirunepé e Manicoré. No entanto, é muito provável que o preço proposto pelos chineses deve ser ajustado. “Com os subsídios pagos pelo Estado e municípios, o valor do quilo do produto chega a R$ 3 e eles estão propondo pagar 1,20 dólares, o que hoje dá mais ou menos R$2,40”, explica o secretário. “Isso não é vantajoso para o extrativista”.
“Com esse valor dificilmente esses fornecedores vão querer vender aos chineses. É aí que entra a Sepror. Nas próximas reuniões, vamos mostrar aos chineses que o valor proposto por eles está abaixo do valor de mercado. Não é por esse empecilho inicial que a Sepror vai deixar de atuar. Essa é uma de nossa lutas: fazer com que o produtor, ou no caso o extrativista, receba um preço justo pelo suor de seu trabalho”, afirma Eron.
De Manaus
Mariane Cruz