CE RS aprova planejamento e projeto eleitoral

A reunião do Comitê Estadual do PCdoB RS, ocorrida no último final de semana (29/2, 1 e 2/3), debateu o Planejamento de Estruturação Partidária para 2008 e o projeto eleitoral do partido, para as eleições de outubro. A plenária aprovou documento de res

Construir vitória eleitoral


 



O tema eleições foi o que mereceu maior destaque. O projeto eleitoral do PCdoB no RS busca participação mais ousada do partido, com lançamento de candidaturas majoritárias e chapas próprias de vereadores. O objetivo do partido é buscar a conquista de governos municipais e ampliar significativamente o número de vereadores da legenda.


 


O projeto principal é a disputa pela prefeitura da capital gaúcha, com a apresentação da candidatura da deputada federal Manuela D'ávila. O encontro dos comunistas coincidiu, justamente, com o anúncio da formação do bloco PSB, PCdoB e PR, feito na quinta-feira (28). Os partidos que compõem o bloco defendem uma frente ampla em torno da candidatura, por isso busca-se ainda o apoio do PDT, PPS e PTB, além de outros partidos.


 



Há disposição de apresentação de candidaturas aos executivos nos municípios pólo do estado, como Caxias do Sul, e em cidades  nas quais já há boas perspectivas para o partido, como Ijuí, Estância Velha e outras.


 


 


PEP


 


O planejamento do PCdoB RS para o próximo período foi construído a partir da orientação da Comissão Nacional de Organização. Sua estrutura seguiu o método do planejamento situacional, o que significou, segundo a Secretaria de Organização do CE, Cora Chiappetta, um aprofundamento da compreensão sobre a práxis partidária – e sobre o fazer planejado. “Sem dúvida que, quanto mais trabalharmos com planos bem ajustados às necessidades, sintonizados com os problemas a serem enfrentados, haverá aperfeiçoamento da aplicação da política do partido, com mais êxito”. 


 


O planejamento partiu da diretrizes sinalizadas pelo partido:  a participação eleitoral e a ampliação da presença dos comunistas na esfera institucional, maior presença nos movimentos sociais e nas massas e na luta de idéias. Entre as definições do plano estão a realização de um seminário para discutir as finanças do partido e uma politica para a área; o aperfeiçoamento da institucionalização partidária, com ênfase na formação e implementação da carteira nacional militante; potencializar a ação do partido para a consolidação da CTB e ampliação da atuação entre os movimentos sociais em suas diversas frentes e a presença do partido na luta de idéias.



Nas próximas semanas, o partido dará início a mobilização das plenárias que devem reunir amplamente os filiados e militantes entre os meses de março e abril para debater o projeto eleitoral do PCdoB, a luta pelas “reformas democráticas por um Brasil mais justo” e a estruturação partidária.


 


 


Preparação Eleitoral


 


A reunião aprovou comissões que irão tratar da implementação do projeto eleitoral do partido.  A campanha majoritária da capital terá como coordenadores Adalberto Frasson, Mauríco Santos, Manuela D’Avila, Carlos Fernando e David Fialkow. A coordenação da campanha Proporcional em Porto Alegre fica com Daniel Sebastiane e Raul Carrion e a coordenação da campanha no interior fica com Clovis Silva, Cora Chiapeta, Beto Riveira, Tânia Antunes e Roberto Sum.
 


 


No encontro também ocorreu apresentação do trabalho realizado pelo PCdoB no Grupo Hospitalar Conceição. A Superintendente da instituição, Jussara Cony, destacou os avanços alcançados até agora e os objetivos estratégicos do grupo. Outra intervenção especial foi sobre a construção da CTB no RS, feita pelo Secretário Sindical do CE, Clóvis Silva. O dirigente fez balanço do trabalho realizado até agora e apresentou as metas partidárias para contribuir com a consolidação da central no estado.


 



Nova estrutura de direção


 


 


A reunião escolheu a nova estrutura dirigente do CE RS. Adalberto Frasson foi reconduzido à presidencia do partido e  Carlos Fernando Niedersberg assumiu a vice-presidencia. Veja como ficou:


 


 


Comissão Política


 


 


Presidente – Adalberto Frasson
Vice–Presidente– Carlos F. Niedersberg
Alex Saratt
Assis Melo
Clomar Porto
Clóvis Silva
Córa Chiappetta
Daniel Sebastiani
Dilce Abgail Pereira
Edson Puchalski 
Edson Silva
José Freitas
José Loguércio
Jussara Cony
Manuela D’Ávila
Maristela Maffei
Maurício N. Santos
Néio Pereira
Raul Carrion
Valmir Batista


 


Comissão de Controle


 


 


Dina Marilú M. Almeida
João Pozenato
José Freitas
Jussara Cony
Paulo Wünch


 



Secretariado


 


Adalberto Frasson – Secretário Político
Maurício Nunes – Presidente CM/POA
Córa Chiappetta – Organização
Carlos F. Niedersberg – Juventude
Clóvis Dias Silva – Sindical
Clomar Porto – Comunicação
Daniel Sebastiani – Movimentos Sociais
Jorge Machado – Finanças
Tânia Antunes – Relações Institucionais e Políticas Públicas
* Carlos Fernando Niedersberg – Formação
* Córa Chiappetta – Mulheres


(*com acumulo de função)


 


Veja a resolução da reunião


 



                     
 
  
Construir grandes vitórias do PCdoB em 2008


 


 


A definição de uma tática mais afirmativa e audaciosa do PCdoB na luta política, no movimento social e na luta de idéias, levou o  Partido a se preparar para participar da disputa eleitoral deste ano com uma tática eleitoral que permitisse uma presença mais destacada na disputa majoritária, com candidaturas expressivas e a construção de chapas próprias para a disputa às Câmara de Vereadores.
Fruto desta definição o Partido posicionou seus nomes mais expressivos para a disputa, incorporou lideranças eleitorais em vários municípios, filiou prefeitos e vereadores e inúmeras lideranças sociais.



O saldo desta nova postura é bastante expressivo. Hoje o PCdoB possui candidaturas bem posicionadas em 18 capitais e  candidatos em 400 municípios do país.



 No RS também passamos a viver uma situação inédita. A candidatura da deputada Manuela à prefeitura de Porto Alegre passou a ser fator chave da eleição na capital que é referência da luta progressista não apenas no estado, mas no Brasil e em vários países. Toda a movimentação do tabuleiro eleitoral ocorrida neste período, levou em conta a potencialidade da candidatura do PCdoB (determinou a volta do prefeito Fogaça ao PMDB, é motivo de grande inquietação do PT, tem grande presença na mídia, aparece bem nas pesquisas e faz parte das análise de composição de quase todos os partidos).



Além da candidatura na capital, em vários municípios o Partido apresentou candidaturas majoritárias, como em Ijuí, Caxias do Sul, Passo Fundo, Estância Velha, Vista Gaúcha, Pouso Novo, Xangri-lá, Esteio, Vera Cruz, entre outros.
Na disputa para as Câmaras de Vereadores criamos as condições de apresentar candidaturas em 120 municípios e em vários deles com chapas expressivas. 


 


Certamente que gostaríamos de estar mais bem situados em vários outros municípios e estruturados para participar da disputa na maioria dos municípios gaúchos.  Mas nas condições da disputa política do estado, das dificuldades da esquerda e do Partido, o fato de estarmos participando de forma destacada da disputa para a prefeitura da capital cria uma nova situação que poderá resultar num rápido crescimento e fortalecimento do partido em todo o estado.


 


 Ingressamos numa fase importante da batalha. A Resolução do Comitê Central indica a seguinte tarefa para este momento:


 


“A fase atual neste começo de ano consiste na tarefa de construir as candidaturas apresentadas, sobretudo as indicadas como prioritárias. Com este fim, primeiro, devemos procurar entendimentos que levem a composições políticas de sustentação dessas candidaturas no âmbito do Bloco de Esquerda e de outros partidos da base do governo Lula, levando em conta os interesses e pleitos dos aliados do PCdoB; segundo, juntamente com aliados e amigos será preciso montar os meios de discussão e proposições referentes a um programa atual, simples e nítido de desenvolvimento, humanização e modernização das cidades, que responda às aspirações mais sentidas da população nos municípios.”


 



Portanto, nosso desafio é o de viabilizar candidaturas consistentes para as disputas majoritárias. Devemos perseguir o objetivo de participar da disputa majoritária no maior número de municípios possível, mas isto não significa ter candidaturas a prefeito de qualquer jeito. A participação no processo eleitoral com candidatura a prefeito do PCdoB vai depender de como estas candidaturas forem construídas, dos acertos com nossos aliados, das condições concretas da batalha em cada município  e da necessidade de projetar um número maior de lideranças comunistas.


 


 


O PCdoB tem se caracterizado pela defesa intransigente de um projeto avançado para o Brasil e por sua capacidade de diálogo e de aglutinação de forças em torno deste projeto. Opõe-se de forma decidida aos rumos do governo neoliberal de Yeda que tem causado sérios prejuízos ao Rio Grande. Nosso objetivo é construir alianças com os Partidos que hoje fazem parte do governo Lula, destacadamente os mais comprometidos com a visão mudancista. Contudo, há que se levar em conta às particularidades das forças políticas de cada município e a possibilidade de aglutinar, em torno de nossas candidaturas, todas as forças que apoiarem um projeto avançado.


 



Devemos trabalhar para que o processo de negociação resulte em composições competitivas, com candidaturas do PCdoB encabeçando a chapa majoritária ou com a indicação de  candidatos comunistas a vice-prefeitos. 



Também, nesta fase, é tarefa central a construção de propostas programáticas que possam mobilizar o povo em torno de uma administração que impulsione o “desenvolvimento, humanização e modernização das cidades”. Não se trata de elaborar programas extensos e complexos que na maior parte se tornam idealistas e burocráticos. É preciso indicar de forma clara quais são as propostas centrais que serão a marca das nossas futuras administrações no enfrentamento dos principais desafios e aspirações da população de nossos municípios.


 


Para tanto, devemos organizar seminários, debates, grupos de trabalho e outras formas criativas para recolher opiniões dos diversos setores sobre como as diretivas programáticas se desdobram na realidade de cada município.


 



O centro do nosso projeto eleitoral é a candidatura à prefeitura da capital. É sobre ela que a Direção do Partido deve concentrar todas as suas atenções criando as condições para a vitória no pleito de outubro.


 



Além da disputa para a conquista da prefeitura de Porto Alegre, a candidatura para prefeito em Ijuí, Vista Gaúcha e Pouso Novo são, neste momento, candidaturas que precisam de atenção especial visando à construção das condições para o Partido sair vitorioso nestes municípios.


 


Quanto à disputa para as Câmaras de Vereadores nosso objetivo deve ser o de perseguir a eleição de um número expressivo de vereadores no Estado. Para tanto, deveremos lançar chapas próprias onde o Partido já acumulou forças para atingir o cociente eleitoral.
Nos demais municípios, devemos trabalhar para constituir alianças com os partidos do bloco de esquerda e os outros partidos que fazem parte da base do governo Lula. A definição da coligação, neste leque de forças políticas, deverá ter como preocupação central à viabilidade da eleição dos candidatos comunistas às Câmaras de Vereadores.


 


Iniciativas para preparar nossos candidatos devem ser planejadas. Organizar cursos, seminários ou oficinas, estaduais ou regionais, que tratem das plataformas de nossas campanhas, da propaganda eleitoral, da legislação, da captação de recursos e demais aspectos da disputa eleitoral. De outro lado, a participação em pelo menos um curso de formação do PCdoB, é condição indispensável para a aprovação dos candidatos pelo Partido.


 


O Comitê Estadual coordenará a campanha no estado da seguinte forma: Coordenação da Campanha Majoritária em Porto Alegre: Adalberto Frasson, Mauríco Santos, Manuela D’Avila, Carlos Fernando e David Fialkow; Coordenação da campanha Proporcional em Porto Alegre; Daniel Sebastiane e Raul Carrion e Coordenação da Campanha no Interior: Clovis Silva (coordenador), Cora Chiapeta, Beto Riveira, Tânia Antunes e Roberto Sum.


 



Colocar o Partido em ação, todos com tarefas na ação política


 


Conforme a indicação do Comitê Central o PCdoB deve realizar — entre março e abril próximos — plenárias de militantes, filiados, apoiadores e amigos, com uma ampla mobilização para reunir centenas de pessoas em cada município.


 


O Partido deverá se mobilizar numa ampla campanha voltada para aplicação das seguintes tarefas políticas imediatas: 1) Mobilização para as eleições de outubro; 2) Apoiar a constituição da CTB no estado; 3) Pôr em marcha as campanhas pelas reformas democráticas, dando ênfase neste momento à consecução de uma Reforma Tributária justa e progressiva.


 



Esta mobilização estará centrada na conclamação por maior zelo e empenho com a vida partidária aproveitando as comemorações dos 86 anos de fundação do Partido, para implementar em maior escala a Carteira Nacional Militante–2008. A idéia central é que nenhum quadro, militante ou filiado fique sem tarefa definida, e se estruture de forma organizada.


 



Para garantir a continuidade do crescimento das fileiras partidárias, um conhecimento maior do Partido por amplas parcelas da população e a conquista de êxitos eleitorais, o Partido realizará em todo o país uma ampla campanha publicitária do PCdoB no primeiro semestre, divulgando a legenda 65 e conclamando a militância às tarefas políticas e às filiações. Será lançada edição especial do jornal “A Classe Operária” que a partir de agora circulará em edição mensal gratuita para ser distribuída pela militância nas áreas chaves para a construção partidária. Em nosso estado esta campanha terá como encerramento as inserções estaduais de rádio e tv que serão veiculadas entre os dias 23 e 30 de junho.


 


Neste processo de mobilização, é preciso aproveitar o esforço do Congresso da UJS e da Conam, bem como aquele relacionado à CTB e ao impulso promovido pelo Partido na frente da luta emancipacionista das mulheres.


 



Também a área de formação deve estar a serviço desta mobilização. Para tanto deveremos realizar centenas de Cursos Básicos de Vídeo massivos com o objetivo de garantir que todos os filiados tenham acesso as idéias básicas do PCdoB e portanto estejam melhor preparados para as batalhas que temos pela frente.


 



“O esforço de mobilização partidária é compreendido como um teste da capacidade mobilizadora do Partido. Pode-se, por essa via, levar o empenho da direção para dar maior apoio aos escalões intermediários como forma de atingir uma base mais extensa. Exige das direções em todos os níveis dedicação, determinação e capacidade organizativa. Chegamos, em 2007, a 230 mil filiados e 90 mil militantes. É preciso pôr em movimento plenamente essa estrutura, como base para alcançar os objetivos programados.” No Rio Grande do Sul, especialmente em Porto Alegre, este esforço de mobilização terá que superar as debilidades enfrentadas pelo Partido e garantir uma grande força militante que será fundamental na disputa para a vitória de nossas candidaturas majoritárias e a conquista de uma bancada expressiva na Câmara de Vereadores da capital e de dezenas de municípios do interior do estado.


 


 


Mãos à obra! Novos horizontes temos pela frente que indicam grandes desafios e a possibilidade de avançarmos significativamente na luta de nosso povo e de nosso Partido.


 



Porto Alegre, 01 de março de 2008
O Comitê Estadual do PCdoB/RS