Bjork ofende China em show e país estuda reação legal
O Ministério da Cultura chinês anunciou na sexta-feira, depois de a cantora islandesa Bjork ter gritado 'Tibete! Tibete!' num concerto em Xangai no fim de semana passado, que a China vai aumentar os controles sobre cantores e outros artistas estrangeir
Publicado 08/03/2008 16:53
Em comunicado citado pela agência oficial de notícias Xinhua, o Ministério disse que a manifestação de Bjork foi política e 'não apenas infringiu as leis e normas e ofendeu os chineses, como contrariou o código de conduta profissional de um artista'.
“Qualquer tentativa de separar o Tibete da China enfrentará a oposição resoluta do povo chinês e de todos os homens justos do mundo”, afirma a nota do Ministério.
Sem entrar em detalhes maiores, o Ministério disse que vai investigar o concerto e tratar da questão como manda a lei.
Segundo as autoridades chinesas, o comportamento de Bjork suscitou fortes ressentimentos no público chinês e acrescentou: “temos manifestado a nossa forte insatisfação perante este incidente de muitas formas e através de vários canais”.
O Ministério disse ainda que o Tibete tem sido uma parte inalienável da China desde tempos antigos, o que é amplamente reconhecido pela sociedade internacional, incluindo a Islândia, país de origem da polêmica cantora.
A Free Tibet Campaign, organização separatista de direita com sede na Grã-Bretanha que defende o fim do domínio chinês sobre o Tibet, divulgou comunicado dizendo-se muito satisfeito com a performance de Bjork. 'Ela demonstrou mais coragem que políticos como (o premiê britânico) Gordon Brown e (o secretário do Exterior britânico) David Miliband, cujo silêncio público sobre essas questões, em visitas que fizeram recentemente à China, é motivo de vergonha para o povo britânico', disse a entidade.