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Chávez visita Raúl Castro depois do sucesso do Grupo do Rio

O presidente venezuelano Hugo Chávez chegou na noite de sexta-feira a Cuba após participar da reunião do Grupo do Rio, em Santo Domingo (República Dominicana). É a primeira visita de Chávez a Cuba desde que Fidel Castro, a quem considera um 'pai', anun

Chávez viajou para Cuba a partir da República Dominicana, onde participou da 20ª Cúpula do Grupo do Rio, na qual na sexta-feira foi resolvido o conflito entre Colômbia, Equador, Venezuela e Nicarágua.



O presidente venezuelano chegou com seu ministro de Assuntos Exteriores, Nicolás Maduro, e outros integrantes do gabinete.



O governante venezuelano foi recebido no aeroporto por Raúl Castro, pelo vice-presidente, Carlos Lage, e pelo ministro das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque.



“O presidente Chávez chegou a Cuba e se reuniu à noite com ele (Raúl Castro)”, disse Pérez Roque em coletiva de imprensa em Havana. Se desconhece a duração e outros detalhes de sua visita. Também não está claro se Chávez se reunirá com seu amigo Fidel Castro.



'Hoje (Chávez) terá outras reuniões de trabalho', acrescentou Pérez Roque.



Havia sido anunciado que o presidente equatoriano, Rafael Correa, chegaria a Havana na última segunda-feira para participar de um fórum sobre globalização ao qual também estava convidado o chefe de Estado boliviano, Evo Morales, mas o primeiro cancelou a viagem pelo conflito com a Colômbia e o segundo pela crise política em seu país.



Desde que Fidel Castro adoeceu e optou por se afastar do poder, em julho de 2006, Chávez o visitou várias vezes. A última foi em dezembro passado.



Fidel: “derrota dos EUA foi por nocaute”



Em  em seu mais recente artigo das “Reflexões do companheiro Fidel”, publicado hoje na imprensa cubana, Fidel aplaudiu a decisão da Colômbia, Equador e Venezuela de enterrar a ameaça de uma guerra durante a reunião do Grupo do Rio.



O líder revolucionário cubano e ex-presidente Fidel Castro disse que os Estados Unidos foram, “de todas as formas, o único perdedor”.


“Foi por nocaute (a derrota dos Estados Unidos), na capital da República Dominicana. Pudemos seguir a 'partida' pelo canal Telesur sem perder um segundo. Ali estavam quase todos os presidentes latino-americanos do Grupo do Rio. (Rafael) Correa, presidente do Equador, anunciou o fato um dia antes. Eu me atrevi a enfatizar, em uma reflexão, a importância desta reunião”, comentou Fidel.


 


A reunião entre grande parte dos presidentes da América do Sul e Central, com ausência de Lula — representado pelo chanceler Celso Amorim — atenuou a crise entre Colômbia e Equador, desatada em 1º de março após uma ação militar colombiana que invadiu território equatoriano, com a desculpa da “luta contra o terrorismo”, como classificou Rafael Correa.



No ataque, acionado pelo presidente colombiano Álvaro Uribe, foi morto Raúl Reyes, o porta-voz oficial das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e contato internacional para o intercâmbio humanitário, segundo a própria França informou.



O líder cubano destacou que a solução do conflito “não aconteceu no seio da Organização dos Estados Americanos (OEA)”. “O essencial é que os diplomatas dos Estados Unidos não estavam presentes. De uma forma ou outra, apesar das profundas diferenças ideológicas e táticas, todos brilharam e refletiram as qualidades que os levaram a cargos importantes dentro do Estado”, opinou Fidel.



“Dada a crise atual, tais cargos adquirem destaque. O fato real é que, bem perto da explosão de conflitos bélicos entre povos irmãos, como conseqüência das intrigas ianques (estadunidenses), ali (no G-Rio) ficou selada a paz imediata e a consciência de que não estamos obrigados a fazer guerra entre povos que compartilham sólidos vínculos de irmandade”, concluiu Fidel Castro.


 


Com informações da ANSA-Latina