Mentiras publicadas por jornal podem inviabilizar diálogo entre esquerda e “cassolistas”

Desde o ano passado, cerca de 18 partidos têm tentado uma aproximação para lançar apenas um candidato à prefeitura de Vilhena, contra o clã Donadon que comanda a cidade há onze anos. O que tem atravanca a aliança é a falta de compatibili

Alguns são visivelmente personalistas, com dificuldade para se expressar de uma forma plural, representando os mais diferentes segmentos políticos da cidade.
Outro problema muito claro é o fato de um jornal local, ligado ao grupo do governador Ivo Cassol (sem partido), atacar gratuitamente os políticos de esquerda. Só no ano passado, o PCdoB ganhou na Justiça vários direitos de resposta, inclusive na capa do jornal. Foram publicadas leviandades absurdas, fugindo do debate em torno de idéias e projetos, descambando para a fúria pessoal do veículo reacionário de extrema direita, que chegou a anunciar na capa a “expulsão de Olivar do PCdoB”.


 


Tanto era mentira que, seis meses depois, Júlio Olivar foi eleito vice-presidente estadual e hoje está, interinamente, respondendo pela presidência da sigla.
Anteriormente, o mesmo jornal publicou charges e comentários levianos dando a informação mentirosa de que o dirigente comunista teria subtraído mais de R$ 50 mil de um certo fazendeiro do Cone Sul sob a ameança de “botar trabalhadores sem-terra para invadir sua propriedade”. O pior é que o jornal disse que a informação havia partido do Serviço de Inteligência da Polícia Militar. O comando do 3º Batalhão da PM desmentiu, formalmente, que tenha passado qualquer disparate neste sentido ao semanário.


 



O periódico também tentou “vender” a imagem de que haveria uma crise entre o PCdoB e o PT de Vilhena. Os partidos caminham juntos nestas eleições e Olivar foi candidato a vice-governador, em 2006, na chapa encabeçada pelo PT, obtendo quase 8 mil votos em Vilhena.


 



Mesmo depois da intervenção por via judicial, que assegurou o direito de resposta a Júlio Olivar, continuam os ataques não só ao PCdoB. O PT e o PDT também são vítimas constantes da virulência do semanário, por despeito, pois o diretor do veículo tentou a sorte na política, pelo antigo PDC, obtendo algo em torno de 40 votos para vereador.


 



Quem paga a conta do jornal é o pessoal do governador, sem que Ivo Cassol sequer saiba disso. E muito menos sabe do estrago que o veículo de comunicação pode provocar no diálogo entre as forças de oposição para viabilizar a coalizão anti-Donadon.


 



“Queremos e temos conversado com o maior respeito com todas as lideranças ligadas ao Cassol, mas é preciso que exista reciprocidade plena neste quesito: respeito. Como é que nos querem juntos se patrocinam um jornal mentecapto? Os jornais podem e devem investigar e noticiar o que for verdade. Podem questionar nossa ideologia e nosso pensamento. Porém, sem perder de vista que é preciso ouvir sempre os dois lados antes de publicar. É o princípio da ética e da legislação vigente. É só isso que pedimos”, enfatiza o presidente do PCdoB, Júlio Olivar.


 


Da assessoria.