Posse nos Frentistas reúne lideranças do PPS e UGT
Tomou posse a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Gasolina de Campinas e Região (Sinpospetro) para a gestão 2008-2012. Além de dezenas de trabalhadores e trabalhadoras, o concorrido evento contou com a presença de representantes e dir
Publicado 25/03/2008 14:36 | Editado 04/03/2020 17:19
Segundo o presidente do Sinpospetro, Francisco Soares de Souza – o Chicão -, entre as principais lutas dos frentistas destacam-se as jornadas pela manutenção do emprego e por estabilidade, o trabalho contra a automatização e a batalha pela liberdade de organização sindical. Para tratar da questão da segurança no trabalho, Chicão informa que o sindicato pretende realizar cursos de qualificação sobre os perigos da profissão de frentista.
O secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, avalia que a classe trabalhadora tem desenvolvido um papel sistemático de avanços, com conquistas pequenas e graduais. Ele considera que o principal problema que o trabalhador enfrenta hoje, e que o deixa com receio de lutar, é o desemprego; situação que leva a conflito entre os trabalhadores. No combate a esse problema, Canindé destaca o papel das centrais. “Elas existem justamente para dar espaço para que os sindicatos façam o trabalho de base enquanto a central faz a luta nacional”, afirma.
Sobre a unidade de ação das centrais sindicais, Canindé afirma que “já há algum tempo estamos fazendo essa experiência. A UGT é um exemplo desse tipo de ação. Foi criada a partir da unificação de três centrais: a CGT, a SDS e a CAT e mais um grupo de sindicatos independente. A UGT, ao invés de dividir, juntou para criar uma organização mais representativa”. Para ele, a unidade de ação pode ser feita em torno de bandeiras como a ratificação da convenção 151 da OIT (que garante a negociação coletiva no serviço público), da convenção 158 (que proíbe demissão imotivada) e da redução da jornada.
O deputado estadual Davi Zaia (PPS) lembra que a comemoração do Primeiro de Maio tem mais de 100 anos e, no seu início, representou a luta dos trabalhadores para conquistar a jornada de 8 horas numa época em que a jornada era de 16 a 20 horas. “Nesses cem anos, é possível imaginar o que se avançou em termos de tecnologia, de conhecimento, de possibilidades de aumento de produtividade do trabalho. Portanto, está na hora de mudarmos novamente a jornada. Nós não podemos ficar com uma jornada. Como não podemos legislar sobre esse tema, na assembléia nós temos divulgado e feito movimentos políticos em apoio a essa luta”, afirma.
De Campinas,
Agildo Nogueira Jr.