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Aliança PT-PSDB em Minas será decidida em votação petista

O grupo petista ligado ao prefeito Fernando Pimentel (PT) pretende levar hoje, às urnas, cerca de 2.000 filiados do partido para a votação nas eleições internas da sigla – que vai escolher a chapa de delegados e a tese que devem nortear o processo sucessó

São duas chapas. Uma que defende a candidatura própria do PT, liderada pelo ex-deputado Rogério Correia, e outra do prefeito e do governador Aécio Neves (PSDB), que propõe aliança informal com os tucanos tendo como cabeçade- chapa um nome do PSB – que até o momento é o do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda.


 


O objetivo do grupo ligado a Fernando Pimentel é conseguir um quórum semelhante ao do Processo de Eleições Diretas (PED), que elegeu os dirigentes petistas no ano passado. Na ocasião, 2.050 militantes do partido compareceram às urnas em Belo Horizonte. Os petistas ligados ao prefeito acreditam que, com um comparecimento em massa, o resultado terá legitimidade – e será apresentado ao Diretório Nacional do PT, que é contrário à aliança, como um argumento favorável à tese.


 


“Quem elegeu os dirigentes do diretório nacional foram essas mesmas pessoas que vão votar. Então, o resultado será válido”, afirmou o deputado federal Miguel Corrêa Júnior, aliado de Fernando Pimentel. O prefeito acredita que conseguirá a aprovação da tese por um número expressivo de votos.


 


“Estou confiante”, disse. Nos bastidores, petistas dizem que a proposta de Pimentel deve obter cerca de 80% da preferência da militância petista.  


 


O cálculo é feito seguindo os dados do último processo de eleição interna, justamente o que escolheu os dirigentes da legenda.


 


O grupo de Pimentel obteve 50% dos votos e o do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, 30%. Para as eleições de hoje, este último grupo está dividido. O vice-presidente de Gestão de Pessoas da Caixa Econômica Federal, Carlos Gomes, declarou apoio a Pimentel levando consigo grande parte dos votos dos apoiadores de Dulci.


 


O ministro é contrário à dobradinha. Os outros 20% dos votos na última eleição do PT foram divididos entre o grupo do ministro Patrus Ananias e a esquerda petista, composta por opositores da aliança com os tucanos.


 


Cotado para ser vice-prefeito na chapa idealizada por Pimentel, o deputado estadual Roberto Carvalho (PT), garante que os filiados não vão deixar o prefeito na mão nas eleições de hoje. “Vamos terumasurpresa positiva (hoje)”, afirmou.


 


Correia não acredita em vitória hoje


 


O ex-deputado Rogério Correia (PT), defensor da tese de candidatura própria do PT – sem o PSDB na chapa –, já admite a derrota nas eleições internas do partido. Segundo Correia, sua proposta deve ser escolhida por, no máximo, cerca de 20% dos filiados. “Estamos indo para a eleição sozinhos, sem o grupo de Patrus (Ananias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)”, ressaltou, referindo- se à desistência dos interlocutores de Patrus em participar do processo.



Correia defende que o PT busque partidos de esquerda, “como sempre aconteceu”, para selar uma aliança. “A nossa tese é de candidatura própria com os partidos que são nossos aliados históricos, principalmente o PMDB e o PCdoB”, concluiu.



Fonte: O Tempo (MG)