Dalai-lama tenta fugir da responsabilidade, diz China
Jiang Yu, porta-voz da Chancelaria chinesa, disse hoje em Pequim que, “nos últimos cinqüenta anos, os apoiadores do dalai lama têm distorcido a História, provocado contradições nacionais e destruído a estabilidade social” visando a separação do Tibete.
Publicado 01/04/2008 15:11
Tenzin Gyatso, o dalai lama, divulgou em 28 de março passado uma “carta aberta aos chineses de todo o mundo”, cujo teor tenta rebater as denúncias divulgadas pelo governo chinês contra os separatistas e seus líderes.
Recentemente, os separatistas, liderados pelo dalai lama, incitaram distúrbios, saques e incêndios em Lhasa e outras regiões de concentração da etnia tibetana, “prejudicando gravemente a segurança e os bens da população e provocando a irritação entre todas as nacionalidades, além de sofrer condenações da comunidade internacional”.
“O incidente desmascarou mais uma vez a hipocrisia da 'não-violência' sustentada pelo dalai diante do povo. Com os fundamentos exatos, é em vão que o dalai lama procura se desvincular dos distúrbios em Lhasa com uma chamada carta de apelo”, disse Jiang.
Jiang disse também que o dalai lama “afirmou querer negociações com o governo central enquanto produz distúrbios sociais, perturbando as Olimpíadas esperadas pelo povo e atletas de todo o mundo e prejudicando gravemente a base para as negociações”.
“Se o dalai lama quer sinceramente negociações com o governo central, deve suspender imediatamente a incitação às atividades de violência e destruição e as ações que perturbam as Olimpíadas de Pequim, além das atividades que buscam separar o Tibete da pátria”, finalizou a porta-voz.