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Lula antecipa reunião com líderes e pede apoio à Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou para a noite desta segunda-feira (31) a reunião com os ministros integrantes da coordenação política e líderes do governo no Congresso Nacional. O encontro estava previsto para esta terça-feira (1). O pr

“A oposição quer se pendurar na CPI dos Cartões porque não tem discurso: não pode falar de crescimento, inflação ou infra-estrutura, porque tudo estamos fazendo”, afirmou Lula, segundo participantes da reunião.



O presidente garantiu que o responsável pelo vazamento de dados sigilosos será punido. Até o momento, porém, o Planalto não identificou o “traidor”. “A imprensa não sabe quem deu os documentos?”, perguntou Lula. “Então, tem que divulgar para vocês chamarem na CPI.”



Na presença de Dilma, Lula disse a ministros, deputados e senadores que a chefe da Casa Civil é “séria e honrada”. Argumentou que “jamais” deixaria de confiar em Dilma para acreditar em “especulações” sobre o dossiê.



Despesas menores



Lula disse que não terá problema em abrir o sigilo de suas contas quando deixar de ser presidente. Ele afirmou que um presidente da República, qualquer que seja ele, é impedido de revelar seus gastos por questões de segurança nacional. Foi neste momento que disse ser possível fazer o gesto logo após deixar o poder. E garantiu que as despesas de seu governo são muito menores do que as efetuadas na gestão Fernando Henrique.
 


“Não é possível continuar nesta discussão medíocre de dossiê de vazamento. Eu não vou entrar nisso. Vou continuar andando o Brasil inteiro, lançando obras. Fui para o Rio, foi muito bom. As pessoas estão pedindo mudanças, querendo que coisas avancem”, disse Lula na reunião, segundo um parlamentar.
 


Outras decisões



Durante a reunião foi comunicado aos líderes que o governo vai filtrar os dados que serão fornecidos à CPI. Antes de remeter documentos sigilosos, órgãos como a Abin, Polícia Federal, Gabinete de Segurança Institucional e Receita Federal serão ouvidos sobre a conveniência da divulgação.
 


Também ficou descartada a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para depor na CPI dos Cartões, e da secretária-executiva de Dilma, Erenice Guerra, que coordenou o levantamento de dados com os gastos, inclusive, de Fernando Henrique. “Não acho que ela deva dar maiores esclarecimentos. Não precisa”, disse o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, insistindo que “não há motivo”.
 


Também ficou acertado que as convocações do ministro da Pesca, Altemir Gregolin, e da ex-minista Matilde Ribeiro não serão bloqueadas.
 


De acordo com os líderes, Lula mostrou-se preocupado com o atraso nas votações das medidas provisórias que liberam créditos extraordinários para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os líderes concordaram em acelerar as votações no Congresso ao mesmo tempo que discutem as novas regras para edição de MPs.



De Brasília
Com agências