Ibope: Manuela venceria Fogaça no segundo turno em Porto Alegre

O tabuleiro está postado. Há, claramente, cinco candidatos no páreo: José Fogaça (PMDB), Maria do Rosário (PT), Manuela D'Ávila (PC do B), Luciana Genro (PSOL) e Onyx Lorenzoni (DEM). Nenhum tem assegurada a presença no segundo turno.

Fogaça lidera a pesquisa em todos os cenários de primeiro turno, mas vem seguido de perto por Maria do Rosário e Manuela. A vantagem do prefeito em relação a Rosário está muito próxima da margem de erro de quatro pontos percentuais nas hipóteses em que figura um candidato do PDT. Os dois estão tecnicamente empatados no cenário mais provável, sem PDT e sem Mônica Leal (PP). E Rosário tem três pontos mais do que Manuela nas três simulações de primeiro turno. Estão, portanto, em empate técnico.

Segundo turno aponta derrota de Fogaça

No segundo turno, Manuela é a única que venceria a eleição de Fogaça com certa margem: 44% a 39%. Fogaça também perderia para Rosário, mas como a diferença em favor da candidata petista é de três pontos, fica dentro da margem de erro, caracteriza-se então empate técnico. Fogaça só ganharia caso o confronto fosse com os outros adversários.

Surpreende o fato de que Rosário não apresentou crescimento significativo nesta pesquisa, o que seria de se esperar, tendo em vista que o trabalho de campo do Ibope se deu logo após grande exposição da candidata na mídia por causa das prévias do PT. Rosário manteve-se nos mesmo índices da pesquisa anterior do mesmo Ibope, apresentada no mês de fevereiro.

O PDT, que governou Porto Alegre com Alceu Collares, está em situação crítica na pesquisa: seus possíveis candidatos José Fortunati e Vieira da Cunha têm percentuais de 3% e 4%. Os eleitores dispostos a votar em um deles se dividem entre Fogaça, Rosário e Manuela no cenário em que o nome dos trabalhistas não aparece.

Gangorra da rejeição: a de Fogaça é alta. Manuela está com a mais baixa

Quando o assunto é rejeição, o cenário é ruím para Fogaça, com a maior rejeição – 32%,  e positivo para Manuela, cuja rejeição é a menor – 15%. Luciana foi rejeitada por 22% e Rosário por 21%. É considerado natural que quem está no governo seja mais rejeitado pelos eleitores, pois o desgaste é inevitável. Porém, o índice do prefeito deve estar preocupando bastante seus estrategistas da sua campanha.

A pesquisa foi solicitada pelo grupo RBS. O trabalho de campo, que ouviu 602 eleitores, foi feito entre os dias 30 de março e 2 de abril. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.

Confira alguns destaques da pesquisa:

– Antes de entrar nas perguntas eleitorais, os pesquisadores do Ibope questionam os entrevistados se estão satisfeitos com a vida que levam. Resposta :

Muito satisfeito 8%
Satisfeito 67%
Insatisfeito 20%
Muito insatisfeito 4%
Não sabe/Não opinou 1%

– Nos dois cenários em que consta o PDT: Fogaça aparece com 25%, Rosário com 20% e Manuela com 17%.

– No cenário sem o PDT: Fogaça aparece com 26%, Rosário com 21% e Manuela com 18%.

– Na pergunta espontânea, Fogaça aparece com 8% das intenções de voto, enquanto que Rosário e Manuela aparecem com 6% e 5% respectivamente. Luciana aparece com 2%. 56% declararam que não sabiam ou não opinaram.

– José Fogaça se destaca entre os eleitores com mais de 50 anos (34%) e com escolaridade até a 4ª série do Ensino Fundamental (39%).

– Os melhores índices de Maria do Rosário são obtidos entre eleitores de 25 a 29 anos (27%), com nível superior completo (25%).

– Manuela obtém os melhores índices entre os entrevistados acima de 50 anos (7%).

– Em pólos opostos no espectro ideológico, Luciana Genro (PSOL) e Onyx Lorenzoni (DEM) estão tecnicamente empatados na pesquisa do Ibope, com menos de 10% das intenções de voto.

– Deputado em primeiro mandato, Nelson Marchezan Junior (PSDB) tem somente 2% na pesquisa. Além de pouco conhecido, carrega o desgaste do governo Yeda.

– Com 9% das intenções de voto, na média, Luciana Genro chega a 12% entre os eleitores de nível superior.

Clomar Porto
Com informações ZH