Venezuela constitui Pólo Patriótico rumo às eleições
Na tarde da última quinta-feira (3) se constituiu nacionalmente o Pólo Patriótico que agrupa forças políticas e sociais que apóiam o processo revolucionário bolivariano, encabeçado pelo presidente Hugo Chávez Frías. O encontro foi realizado em Caracas. Tr
Publicado 06/04/2008 20:19
Estavam presentes: Carlos Aquino, secretário nacional de Organização do Partido Comunista de Venezuela (PCV), José Albornoz, secretário geral do partido Pátria Para Todos (PPT), Alberto Müller Rojas, primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e Eustoquio Contreras, secretário geral do Movimento Eleitoral do Povo (MEP).
O Pólo Patriótico concordou plenamente que o processo eleitoral dos candidatos se dará com uma aliança unitária, preponderando, em primeiro lugar, a elaboração da parte programática, para depois avançar na eleição de quem serão os candidatos que representam melhor as suas propostas estratégicas. Espera-se que até 1º de maio boa parte do programa se encontre avançado na elaboração de cada estado do país.
A campanha eleitoral tende a ter um forte conteúdo político e ideológico, baseado nos programas de governo estatal, municipal e nos marcos das políticas nacionais.
“Cada ação do Pólo Patriótico impulsionará um forte conteúdo político e ideológico, muito mais do que a mera promoção de candidaturas”, expressa Aquino. “As possibilidades que tem o Pólo Patriótico são imensas, a responsabilidade é enorme e histórica, dependerá da força e da capacidade de cada instância e a forma coletiva, o êxito desse processo unitário”, assinala o dirigente comunista.
Aquino informou ainda que o Pólo se reunirá, em princípio, semanalmente às quartas-feiras, com a presença dos secretários gerais de cada partido e, na sua ausência, de um suplente permanente, com o fim de avançar as definições políticas e dar continuidade aos temas em discussão.
Reunião positiva
Para Carlos Aquino a primeira reunião foi “muito positiva, muito franca e sincera”. Ele também disse que esse é o início de um processo de articulação unitária popular revolucionária na condução e defesa do processo boliviano. “Nossa perspectiva é que o Pólo Patriótico dê passos substanciais na confirmação orgânica de todas as forças antiimperialistas no país e no continente”, disse.
Os quatro partidos presentes manifestaram que a aliança popular não será só para o processo eleitoral que se aproxima, e que ela deve projetar-se no âmbito da política nacional como uma instância coordenadora para a aprofundar a revolução e sua defesa ante os inimigos internos e externos. “Será um espaço de debate, de discussão e de coordenação de políticas entre as forças revolucionárias”, disse o dirigente.
Carlos Aquino destacou o alto nível de coincidência que existem entre todas as forças presentes na reunião: “ao nos encontrarmos nos damos conta de uma quantidade enorme de coicidências, que quiçá, várias delas, não sabíamos que tínhamos”, enfatizou.
No âmbito político, a primeira preocupação que abordará o Polo Patriótico é a reforma educacional que o governo está impulsionando no marco da educação superior e a proposta de um novo currículo para o ensino médio para dar resposta a ofensiva da oposição.
Tradução: Carla Santos
Fonte: Tribuna Popular