Governador americano ressalta ação humanitária de Chávez
O governador do Estado do Novo México (Estados Unidos), Bill Richardson, assegurou em Caracas que se deve estabelecer uma “atmosfera positiva” para que se consiga a troca humanitária na Colômbia, após se reunir no sábado com o presidente venezuelano Hugo
Publicado 27/04/2008 14:34
O governador do Estado norte-americano de Novo México, Bill Richardson, disse na noite do sábado (26) que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está disposto em ajudar a libertar três norte-americanos em poder da guerrilha colombiana Farc.
Richardson, negociador dos Estados Unidos, viajou a Caracas e se reuniu no sábado com Chávez, que conseguiu a libertação unilateral de seis reféns das mãos das Farc neste ano.
“Tive uma reunião muito produtiva com o presidente Chávez…O presidente Chávez me disse que está disposto a ajudar nesta situação de acordo humanitário”, disse Richardson a jornalistas na noite de sábado, na saída da reunião com o líder venezuelano.
Chávez havia dito horas antes, em alusão ao governo colombiano, que não estava seguro de poder ajudar Richardson em seu objetivo de conseguir a libertação dos reféns porque é necessário que as partes no conflito “queiram e aceitem a ajuda”.
Bogotá suspendeu no ano passado o papel de mediador de Chávez em uma troca humanitária de reféns por rebeldes presos.
“Isso é um problema interno da Colômbia. Eu só me intrometi quando as duas partes me pediram que assim o fizesse, agora basta que uma das partes diga que não. Respeito a Colômbia”, disse Chávez na tarde de sábado.
“Eu não pude ir às selvas da Colômbia resgatar aquela gente”, completou.
Familiares dos reféns pediram ao governador de Novo México que mediasse a situação. Richardson, que foi embaixador dos EUA nas Nações Unidas, ajudou a libertar norte-americanos no Sudão, Iraque, Coréia do Norte e Cuba.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sequestraram Marc Gonsalves, Thomas Howes e Keith Stansell em fevereiro de 2003, quando seu avião, com o qual trabalhavam em uma missão antinarcóticos, caiu na selva.
A França, por sua vez, está tentando a libertação da cidadã franco-colombiana Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial na Colômbia, assim como de outros sequestrados pelas Farc.
Fonte: AFP e Reuters