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Crise alimentar: prós e contra protecionismo brigam na ONU

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-moon e outras autoridades do organismo avaliam nesta segunda-feira (28) estratégias que possam enfrentar a crise provocada pelo aumento do preço dos alimentos.

Ban e dirigentes das 27 agências e organismos da ONU se reuniram na sede da União Postal Universal (UPU) em Berna, na Suíça, pressionados pela crescente demanda de ações urgentes para socorrer populações famintas ao redor do globo.



A esse respeito, a Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO, na sigla em inglês) assinalou que a elevação dos preços dos cereais gerou uma situação de extrama gravidade, que desembocou em distúrbios causados pela fome em 37 países do Terceiro Mundo.



De acordo com um comunicado divulgado nesta seda, a reunião das altas autoridades da ONU ocorrerá a portas fechadas até a manhã desta terça-feira (29) na capital suíça, para analizar a crise alimentar e as soluções que o organismo pode indicar.


 


Funcionários diplomatas situados em Berna não descartam que o encontro acabe em um duro debate entre os partidários do protecionismo e os defensores da “abertura dos mercados”.



Esse cenário também poderá estar aberto a polêmicas ásperas entre os que estão a favor e os que se colocam contra a utilização de alimentos para a produção de biocombustíveis.



Nas discussões participarão, com o titular da ONU, a diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), Josette Sheeran, e o presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick.



Também está prevista a intervenção do diretor da FAO, Jacques Diouf, e o presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento e a Agricultura (FIDA), Lennart Bäge.



Os primeiros resultados desta reunião serão conhecidos na própria terça-feira, durante uma coletiva de imprensa que será dada pelo secretário-geral da entidade.