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Jovens se preocupam em concretizar propostas da conferência

Os dois mil delegados que participam da 1ª Conferência Nacional da Juventude, que acontece de 27 e 30 de abril no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, vêm dos mais diversos lugares e defendem diferentes causas. Mas têm um desejo em com

“Nós jovens não somos levados a sério, a gente fica com medo que as coisas que sejam decididas aqui acabem não saindo do papel. A expectativa agora é que as autoridades nos levem a sério, escutem a nossa voz e façam as coisas acontecerem”, defende Luana Aparecida dos Santos, 23 anos, de Petrolândia (PE).


 


Nesta segunda, os participantes se dividiram em 23 grupos temáticos dentro das 16 áreas que compõem o caderno de prioridades.


 


Cada grupo deve eleger seis prioridades até o fim do dia, totalizando 138. Após essa fase de discussão, os delegados selecionarão, por meio de votação, 69 propostas que farão parte do documento da conferência.


 


A plenária final escolherá, das 69 propostas, as 21 prioridades que servirão de base para as próximas políticas públicas para a juventude.


 


A delegada Jaqueline da Cruz, 18 anos, veio de Nova Olinda (TO) para representar o grêmio estudantil da escola em que estuda. Ela está participando do grupo de trabalho que analisará as propostas relativas ao uso de drogas.


 


“A gente está fazendo o possível para chegar ao principal objetivo, que é levantar as propostas e sugestões para o governo para melhorar a vida dos jovens, especialmente o cuidado com quem já é viciado”, pontua.


 


Reconhecimento


 


Luiz Felipe Rocha, 24 anos, do movimento hip hop de Goiânia (GO), reclama que muitas vezes os projetos são esquecidos.


 


“As coisas precisam ser concretizadas, às vezes você leva um projeto e ele é engavetado, a gente quer ver a coisa funcionar”, frisa.


 


Cristiano Rodrigues, 20 anos, do movimento hip hop de Belo Horizonte (MG), valorizou a oportunidade de conhecer e trocar experiências com jovens de todo o país.


 


“É muito bom ter esse contato para o fortalecimento da juventude. A gente está divulgando, trocando informação e conhecimento”, acredita.


 


Fábio Oliveira, 18 anos, de Araripina (PE), comemora o reconhecimento do segmento juventude como parte da sociedade.


 


“A gente não existia dentro do poder, mas agora somos uma juventude de poder, de força, de luta, que sabe transformar”, afirma o delegado que participa do grupo de trabalho sobre participação política.


 


Radionautas


 


O programa Radionautas, veiculado aos domingos, de 10h às 12h, pela Rádio Nacional AM de Brasília e pela Rádio Nacional da Amazônia, foi transmitido no domingo (27), ao vivo, direto da 1ª Conferência Nacional de Juventude.


 


Os cinco jovens que apresentaram o Radionautas fazem parte do Projeto Radialistas do Futuro, que trabalha com crianças e adolescentes de 8 a 18 anos de idade, da cidade satélite de Samambaia, no Distrito Federal.


 


O Radionautas trata de assuntos de interesse dos jovens, tais como drogas, gravidez precoce e políticas públicas voltadas para a juventude.


 


“É uma forma de dar voz às crianças e aos adolescentes na mídia”, observou Naiana Martins, de 16 anos, uma das apresentadoras.


 


Segundo ela, as pautas do programa são elaboradas com base nos pedidos dos ouvintes. “Por exemplo, outro dia nós recebemos uma carta de uma ouvinte de 14 anos que estava com uma doença sexualmente transmissível chamada condiloma. Nós fomos atrás de um médico e o trouxemos ao programa para explicar sobre essa doença, daí aproveitamos para tirar as nossas dúvidas também”, disse.


 


O programa de domingo tratou especificamente de temas relacionados à conferência. O projeto Radialistas do Futuro inclui 60 jovens que se revezam em grupos de, no máximo, sete, que produzem o Radionautas a cada semana.