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MG: tecelões param maior das quatro unidades da Conteminas

Cerca de 250 trabalhadores do setor de fiação, um dos mais importantes da Contenor – a maior das quatro unidades da Conteminas, em Montes Claros (MG) – paralisaram suas atividades na última sexta-feira (30) às 13 horas. O protesto foi uma resposta ao anún

Juntas, as duas cestas básicas que recebiam os trabalhadores somam R$ 70,00 reais em média. Os trabalhadores também ressaltam que o valor da comida do jantar, que era de R$,0,26, aumentou para R$,0,96. Somente com a perda dos benefícios os trabalhadores perderam cerca de R$ 140,00 de seus salários.


 


Como compensação, a empresa deu um abono de R$ 60,00 com o intuito de amenizar a perda salarial de R$ 80,00, o que segundo os trabalhadores é inaceitável. Segundo informações, o sindicato da categoria não tentou nenhuma resistência aos cortes de benefícios divulgados pela empresa. Em função da situação, os funcionários da Contenor paralisaram as atividades do setor de fiação à revelia do sindicato. O setor de tecelagem também paralisou parcialmente suas atividades.


 


Na noite da última sexta foi agendada uma reunião da diretoria da empresa com os grevistas para as 16 horas desta segunda-feira (2). Os trabalhadores esperam poder negociar a manutenção dos benefícios que foram cortados e informam, que caso a empresa não concorde em manter os benefícios retirados, a paralisação se estenderá para toda a fabrica.


 


Segundo o tecelão Lourival Soares Ribeiro, liderança sindical de oposição a atual diretoria do sindicato, foi realizada uma assembléia com a participação de 700 trabalhadores, na qual foi constituída uma comissão que participará da reunião com a empresa. Ele ainda afirma que houve ameaças, por parte da direção da empresa, aos trabalhadores grevistas. São mais de 1.800 trabalhadores que paralisarão caso o impasse não chegue a uma solução. 


 


Nesta segunda-feira (2), um forte esquema de segurança foi montado na portaria da empresa. Os trabalhadores que aderiram à paralisação tiveram seus cartões de acesso travados e não puderam adentrar ao prédio da Contenor. Segundo a direção da empresa, eles deveriam aguardar do lado de fora até que a reunião fosse efetuada.


 


O vereador, de Montes Claros, Lipa Xavier (PCdoB) acompanha o movimento dos funcionários da Contenor desde sexta,  prestando apoio na luta pelos direitos aos benefícios e solidarizando-se com  a paralisação.


 


Até o fechamento desta matéria a reunião entre a comissão dos trabalhadores e a direção da Coteminas não havia sido encerrada.


 


De Montes Claros (MG),


Por Rodrigo de Paula