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Aécio chuta o balde da “aliança informal” PT-PSDB

O governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (3),  no Palácio da Liberdade, que não aceita uma aliança informal com o PT na eleição para prefeito de Belo Horizonte. Ele disse que o PSDB participará formalmente da coliga

A declaração de Aécio terminou de dinamitar a possibilidade de uma “aliança informal”. A alternativa, com o PSDB apoiando extra-oficialmente a chapa a ser encabeçada por Lacerda, tendo na vice o deputado estadual petista Roberto Carvalho, chegara a ser defendida por personalidades do PT local.



A opção da informalidade já fora rechaçada na véspera pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, em nota do partido: “Não procede a informação de que o Diretório Nacional tenha deliberado por uma aliança informal com o PSDB em Belo Horizonte”, dizia o texto.



“Visão míope de algumas pessoas”



A resposta de Aécio Neves foi feita em termos especialmente duros, embora o governador cultive uma imagem afável e mansa. “Essa questão [da aliança com o PT] não é mais tão relevante. As questões do PT são do PT, não devem atrasar ou obstaculizar o que está sendo construído em torno do ex-secretário (estadual de Desenvolvimento Econômico) Márcio Lacerda”, afirmou Aécio.



 “Se o PT, ao final das suas decisões, resolver participar do processo, será muito bem-vindo. Senão, caberá a ele explicar à população de Belo Horizonte”, disse ainda.
“Estamos construindo em Belo Horizonte algo grandioso que não será abalado ou destruído por uma visão míope de algumas pessoas que estão a centenas de quilômetros daqui de Belo Horizonte e a milhares de milhas de distância da nossa realidade política e do nosso sentimento político”, arrematou Aécio, referindo-se ao Diretório Nacional (DN) do PT, que desautorizou na sexta-feira a coligação.



A nota de Berzoini



A nota de Berzoini tampouco deixa lugar para um entendimento quanto a Belo Horizonte. Ao interpretar a decisão do DN, fecha as portas para a interpretação flexível defendida pelos petistas da ala de Pimentel. Veja a íntegra:




“Não é verdade que o DN, em sua reunião de 30 de maio de 2008, tenha revogado o veto da Comissão Executiva Nacional à coligação com o PSDB em Belo Horizonte, segundo as versões fantasiosas e/ou capciosas divulgadas por alguns veículos de imprensa.



As deliberações anteriores da Executiva Nacional – inclusive a que vetou expressamente a pretendida aliança – serviram de base política e jurídica para a decisão do DN, como ficou claro no texto da resolução aprovada (leia aqui).
Ao recomendar aos companheiros de Belo Horizonte que voltem a discutir e deliberar sobre o assunto, o DN nada mais fez do que somar, às decisões da Executiva, um gesto de cordialidade e gentileza para com os defensores da coligação, de maneira que o Diretório Municipal de BH possa a adequar-se às decisões nacionais por sua própria deliberação, sem a necessidade de medidas estatutárias.



Também não procede a informação de que o Diretório Nacional tenha deliberado por uma aliança informal com o PSDB em Belo Horizonte. O DN não entrou nesse debate, não havendo nenhum apreço por alianças informais que não fiquem transparentes para os eleitores.”



Da redação, com agências