Alerj deve votar cassação de Álvaro Lins
Apesar do deputado Álvaro Lins (PMDB) refutar todas as acusações, a Corregedoria da Alerj, baseado nas denúncias da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, disse que há indícios fortes para pedir a cassação do deputado por quebra de decoro parlam
Publicado 04/06/2008 19:06 | Editado 04/03/2020 17:05
O primeiro passo para a investigação de Lins foi dado no dia 2, quando o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), entregou à Corregedoria toda a documentação da Polícia Federal sobre a operação Segurança S/A.
Além do deputado, o Ministério Público Federal apresentou denúncia à Justiça Federal contra o ex-governador Anthony Garotinho e mais 14 pessoas. Segundo a denúncia, o grupo usava a estrutura da Polícia Civil do Rio de Janeiro para praticar lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção. O ex-governador negou a acusação de formação de quadrilha armada.
Segundo a polícia, há informações de que havia um plano para matar os policiais civis
que denunciaram o grupo.
A discussão sobre o processo de cassação de Álvaro Lins pode ficar para o segundo semestre por conta do recesso da Alerj, em julho. O objetivo dos deputados é fazer com que o processo termine antes do dia 30. O PMDB informou que, caso Álvaro Lins seja cassado, entra Renato de Jesus, de Belford Roxo.
A Alerj confirmou ainda que o chefe de gabinete de Álvaro Lins, delegado Luiz Carlos Santos, que está preso, e a ex-mulher dele Luciana Gouveia, que está solta, foram exonerados dos cargos que têm na Casa. Luciana era nomeada para trabalhar na TV Alerj.
Segundo a Alerj, a Corregedoria já enviou um ofício ao departamento de pessoal da Casa solicitando a relação de funcionários públicos requisitados pelo gabinete do deputado investigado.