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Argentina: locaute prossegue no país até segunda-feira

Reunidos nesta terça-feira (3), os empresários agrícolas argentinos resolveram continuar com a paralisação das exportações de grãos de soja, em protesto pelo aumento da taxa de exportação. A resolução foi tomada após uma reunião de cinco horas, em um hote

As manifestações, com o bloqueio de estradas, devem continuar pelo menos até a próxima segunda-feira. Apesar de a comercialização de grãos seguir parada, a comercialização de gado já foi retomada. Na quinta e sexta-feira, os participantes dos protestos irão recolher assinaturas para conseguir o apoio do Congresso Nacional para rever a política de impostos nacionais para a produção rural.



Os empresários promovem esta paralisação sob o argumento de que a elevação da taxa de exportação está prejudicando o campo, mas empresas que estão bancando uma greve de 90 dias, sem vender nada, têm que estar com as finanças totalmente em ordem, já que também há 90 dias não vendem nada.



Além disso, a medida do governo foi tomada para proteger o mercado interno frente ao aumento dos preços dos alimentos no mercado internacional. Mas, de acordo com o negociador do governo, Alberto Fernández, os empresários não estão preocupados com isso, só pensam em “ganhar ou ganhar”. Só o governo tem cedido nas negociações.



O representante do governo disse que a concentração do campo, onde os pequenos agricultores alugam suas terras para os grandes empresários, faz com que essa paralisação interesse apenas a dois mil médios e grandes empresários. Os pequenos produtores só estão sendo afetados porque o aluguel é cobrado em função do preço da soja.



Fernández responsabilizou ainda os especuladores internacionais pelo aumento de preço dos alimentos. “Eles deixaram de investir no banco, para investirem na soja, que dá maior lucro”, acrescentou.



Depois que oito produtores agropecuários de San Pedro foram detidos, em nota, a Comissão de Enlace de Entidades Agropecuárias manifestou “repudio a todo tipo de repressão, discriminação e ‘judicialização’ do protesto que os produtores estão promovendo”.



Fonte: Agência Adital