Petrobras defende controle de novos campos petrolíferos
''O Brasil deve ter mais controle sobre a exploração de petróleo'' afirmou o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli nesta quarta-feira.
Gabrielli participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e defendeu mudanças
Publicado 04/06/2008 22:59
Os campos de Bem-te-vi, Carioca, Caramba, Guará, Parati, Tupi, Iara e Júpiter podem dar ao Brasil, segundo Gabrielli, uma cara diferente nos próximos anos, e devem gerar discussões sobre o destino da riqueza que será gerada.
Gabrielli ressaltou a necessidade de mudanças no marco regulatório do setor, porque os contratos com a iniciativa privada só se dão por meio de concessão – que dá mais poderes à empresa beneficiada. ''A realidade atual é diferente, devido às novas descobertas de campos petrolíferos, o que reduziu os riscos da exploração. Além disso, há a possibilidade de descobertas de áreas ainda não conhecidas'', disse. ''Essa é uma posição minha como cidadão, e não como presidente da Petrobras'', frisou.
Também estavam presentes à audiência os presidentes das empresas petrolíferas Repsol YPF, João Carlos França de Luca; e da BG E&P Ltda, Luiz Carlos Costamila. Ao contrário da Petrobras, eles pediram a manutenção da legislação atual.
Licitações
Segundo o presidente da Petrobras, das 62 sondas em atuação no Brasil apenas três estão na camada do pré-sal; e o aluguel diário de uma sonda varia entre 300 mil e 700 mil dólares. Gabrielli pediu cautela em relação às novas rodadas de licitação, em especial nos locais próximos a essas áreas marinhas, para evitar exploração predatória, em função da existência de ''vasos comunicantes''. ''Em algumas situações de exploração muito próxima, uma companhia pode invadir a área de outra'', disse, comparando essa situação ao caso de dois canudinhos sugando o líquido de um mesmo copo.
Da redação em Brasília
Com agências