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Escritor lança Saci para mascote da Copa 2014

O veterano jornalista e escritor Mouzar Benedito, que acaba de publicar seu mais novo livro (1968, por aí … Memórias Burlescas da Ditadura), figurinha carimbada dos bares da Vila Madalena, acaba de lançar uma bela idéia: que tal lançarmos já uma camp

“Antes que os marketeiros e lobistas inventem um mascote besta que nem o tal do Cauê, aquele sol esquisito dos Jogos Panamericanos no Rio, precisamos lançar o nosso Saci”, justifica o sempre entusiasmado amigo de botecos e redações.



E por que o Saci? Mouzar Benedito pergunta e ele mesmo responde com um monte de argumentos:



• Primeiro, não seria preciso pagar direitos autorais a ninguém. No máximo, o que poderia ser feito é um concurso entre cartunistas para escolher o melhor desenho.



• O Saci é a síntese da formação do povo brasileiro. É o mito mais popular, o único conhecido no Brasil inteiro. É o típico brasileiro: mesmo pelado e deficiente físico, é brincalhão e gozador.



• Como todos os mitos de origem indígena, é defensor do meio ambiente. No início, era um indiozinho protetor da floresta. Tinha duas pernas. Depois foi adotado pelos negros e virou negro. A perda de uma perna tem várias histórias. Uma delas é que ele foi escravizado, ficou preso pela perna, com grilhões e cortou a perna presa. Preferiu ser um perneta livre que escravo com duas pernas. É um libertário, então.



• Dos brancos, ganhou o gorrinho vermelho, presente em vários mitos europeus. O gorrinho vermelho era também usado pelos republicanos, durante a Revolução Francesa. Na Roma antiga, os escravos que se libertavam ganhavam um gorrinho vermelho chamado píleo.



• Já pensou o Saci em camisetas do mundo inteiro? Ele provocaria muito interesse de outros povos para a cultura popular brasileira. Coisa que esses símbolos bestas, como o dos Jogos Panamericanos, não fazem.



Está lançada a campanha, caro Mouzar. Boa sorte para nós e para o Saci!


 


Fonte: Último Segundo