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Ruralistas argentinos querem continuidade dos piquetes

Produtores rurais argentinos “autoconvocados” anunciaram que prosseguirão com os bloqueios de estradas, mesmo com a decisão das câmaras ruralistas de suspender as paralizações a partir desta segunda-feira (9) em uma tentativa de retomar o diálogo com o go

O conflito desencadeado pelo aumento dos impostos sobre exportação dos grãos já dura quase três meses. A expectativa é que as negociações sejam retomadas por meio de uma reunião entre o governo e as câmaras ruralistas, agendada para às 15h (horário local) desta segunda-feira.


 


Ao mesmo tempo, Ana Galmarini, do Movimento Autoconvocados do Sul de Santa Fé, anunciou que prosseguirão os piquetes em algumas estradas, entre elas a via de maior circulação do país.


 


Os “autoconvocados” consideram que o governo argentino “não deu respostas” às suas demandas e que o diálogo “está cada vez mais distante”.


 


A crise já passou dos 90 dias e até a Igreja Católica pediu o fim do conflito, cobrando “um gesto de grandeza” por parte do governo, para propiciar o diálogo com os empresários ruralistas. O ministro da Justiça argentino, Aníbal Fernández, respondeu que o governo “sempre está aberto ao diálogo”.


 


À paralisação dos produtores agropecuários somou-se há alguns dias uma greve e o bloqueio de estradas de motoristas de caminhões, que se dizem os mais prejudicados de toda a cadeia ligada à produção agropecuária.


 


Produtores de leite já começaram a descartar dezenas de milhares de litros do produto, devido à impossibilidade de enviá-lo às fábricas processadoras.


 



A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse na última quinta-feira que nenhum setor, de trabalhadores, comerciantes ou empresários, pode permanecer em greve por 90 dias se não acumulou uma grande renda, em referência ao setor agrário.


 


Cristina acusa a oligarquia rural, inimiga histórica do peronismo, de boicotar de forma injustificável a economia do país. Ela tem dito esperar que os fazendeiros sintam-se como parte e não como proprietários do país.


 


Da redação,
com agências