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Inflação não deslanchou e está sob controle, garante Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (23), no seu programa semanal de rádio, que o governo está controlando com eficácia a inflação. “Se nós continuarmos trabalhando com a seriedade que estamos trabalhando, se nós continuarmo

Lula também falou sobre o combate ao desemprego e lembrou que neste ano, até maio, foram criados mais de 1 milhão de vagas formais e que agora o governo está preocupado com a formação profissional dos jovens. “Vamos contribuir para a formação profissional, a qualificação da nossa juventude, porque o mercado está, cada vez mais, exigindo bons profissionais”, disse.



Confira abaixo a íntegra do programa:



Olá você em todo o Brasil, eu sou Luciano Seixas e começa agora o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Olá presidente, como vai?
Tudo bem, Luciano.



Presidente, hoje vamos falar do CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados que divulgou, semana passada, mais um balanço do número de empregos no país. O que mostrou essa pesquisa?
Luciano, a pesquisa mostrou que o emprego continua crescendo no Brasil, o que é muito bom. Nos últimos anos, Luciano, nós vivemos um momento, eu diria, importante para o Brasil. A economia começou a crescer, os empregos começaram a aparecer e na medida que a economia está consolidada, o crescimento está consolidado, nós vamos percebendo que o emprego também vai se consolidando, sobretudo em setores importantes como a construção civil, que gera muito emprego nesse país. Você veja uma coisa séria: na medida que cresce a indústria, na medida que cresce a agricultura, na medida que cresce a construção civil, o comércio cresce e nós vamos ter o crescimento de emprego como tivemos no mês de maio, que foi um crescimento extraordinário, mais de um milhão de empregos criados nos primeiros cinco meses do ano. O que é um dado extremamente importante para a sociedade brasileira e sobretudo para os trabalhadores, e sobretudo também para a juventude que atinge a sua idade de trabalhar e não tem emprego. Portanto, o nosso compromisso agora é continuar fazendo a economia crescer, gerar mais empregos e também contribuir para a formação profissional, a qualificação da nossa juventude, porque o mercado está, cada vez mais, exigindo bons profissionais.



Presidente, o senhor acha que a tendência é de que o número de postos de trabalho formais continue crescendo?
Acredito que sim. Eu acredito que a tendência natural é que o trabalho formal, com carteira profissional assinada continue a crescer. Essa é uma coisa que nós trabalhamos muito e vamos continuar trabalhando para que a gente tenha cada vez menos informalidade e cada vez mais formalidade. Ou seja, o que nós queremos é os homens e as mulheres trabalhando com carteira assinada, contribuindo com a previdência, porque assim a previdência também arrecada mais, a gente vai poder pagar melhor os aposentados brasileiros, vai poder pagar melhor os que estão trabalhando e é isso que o Brasil precisa. Porque quando o povo tem dinheiro na mão, o povo vira consumidor, virando consumidor o comércio cresce, o comércio crescendo a indústria tem que produzir mais, a indústria produzindo, nós poderemos comprar mais.



Agora, também a melhora do emprego, da produção, acaba ajudando as contas da previdência também, não é presidente?
Olha, a melhora do emprego causada pelo crescimento econômico melhora tudo, na verdade. Melhora o salário, porque os trabalhadores em época de crescimento econômico eles podem fazer negociações coletivas, com os seus empresários, com vantagens. A segunda coisa, é que ganha o Brasil, porque na medida que o povo começa a ganhar mais salário, o povo começa também a arrumar sua vida. Ele vai comprar mais geladeira, ele vai comprar mais televisão, vai comprar mais sapato, vai comprar mais comida, vai reformar sua casa, vai comprar sua casa. Se nós continuarmos trabalhando com a seriedade que estamos trabalhando, se nós continuarmos controlando a inflação como estamos controlando a inflação, e é importante lembrar que nesse momento em que o mundo inteiro vive um processo inflacionário por conta dos alimentos, o Brasil é o principal país no mundo que a inflação não deslanchou. A inflação continua sob controle, está dentro das metas estabelecidas pelo governo e vamos continuar fazendo com que a inflação seja controlada, porque se ela não for controlada, quem perde é o Brasil. Por isso, nós estamos vivendo esse momento importante, nós queremos aumentar a produção de alimentos nesse país, aumentar a produção de carne, aumentar a produção de leite, aumentar a produção de feijão, aumentar a produção de arroz, porque quanto mais a gente produzir, mais a gente vai ter segurança alimentar, mais a gente vai poder ter os preços de acordo com aquilo que é o preço justo e mais a gente vai ter alimento para exportar para o mundo que precisa comprar alimento e o Brasil, nessa situação, se apresenta como o principal país para produzir alimentos no mundo.



Presidente, agora nós estamos falando aqui, tudo de maneira formal. Geração formal de emprego e tudo isso ajuda a previdência a recuperar e manter sob controle suas contas, não é?
Olha, a Previdência Social, eu digo sempre o seguinte: todo mundo joga nas costas da previdência um déficit que não é da previdência. Na verdade, se você for contabilizar aquilo que os trabalhadores que estão trabalhando pagam para a previdência e aquilo o que eles recebem, você vai perceber que quase que não tem déficit. Agora, quando você coloca toda a política social do governo, que é muito forte, e ela foi aprovada na Constituição de 1988, sabe, com exceção do Bolsa Família, com exceção do Programa do Leite, os gastos com a seguridade social é da Constituição. Aí você percebe que, na verdade, não é um gasto da previdência. Está na conta da previdência, mas não é da previdência. Mas de qualquer forma, é um dinheiro, sabe, que vem do povo brasileiro, vai para o Tesouro e é devolvido em forma de benefício. Por isso é que nós trabalhamos muito para que não tenha déficit na Previdência Social, nem muito menos no Programa de Seguridade Social. O que nós queremos é o equilíbrio das contas públicas para que a gente possa manter a economia crescendo, fazer investimento e melhorar a vida do povo brasileiro.



Muito obrigado, presidente Lula. Até a semana que vem.
Obrigado a você, Luciano, e até o próximo programa.