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Para eleitores, Obama conhece melhor os problemas dos EUA

O provável candidato democrata Barack Obama é visto pela maioria dos eleitores como o candidato às eleições gerais que melhor conhece os problemas enfrentados atualmente pelo país. Contudo, seu rival republicano John McCain é apontado por uma margem pouco

A pesquisa, realizada em conjunto pelo USA Today e Gallup, mostra que o democrata é mais bem visto pelos eleitores em sete de dez características pessoais e de liderança –como independência política e habilidade para resolver os problemas do país–, embora ainda fique atrás do veterano McCain naquelas que envolvem a experiência política.


 


As duas características nas quais Obama se sai melhor são a compreensão dos problemas cotidianos dos norte-americanos e a preocupação com as necessidades de “pessoas como você”. Ele tem uma margem de mais de 20 pontos percentuais sobre McCain nos dois quesitos –54% a 29% e 52% a 30% respectivamente.


 


Este cenário pode ser o reflexo da imagem mais empática do senador, que, justamente por ser um novato na política e por seu discurso de mudança, parece mais próximo do eleitor norte-americano.


 


Obama dedica boa parte de sua agenda de campanha para eventos porta-a-porta, nos quais vai até as casas de eleitores e conversa sobre seus problemas com cartão de crédito ou com a hipoteca. Ele também foi a um bar e um boliche, no qual perdeu para moradores locais.


 


Obama também tem margens de dois dígitos em duas características que resumem a percepção dos eleitores sobre a independência política dos candidatos; ser independente em suas ações e pensamentos e defender interesses especiais (o democrata tem 52% e 48% das indicações dos eleitores contra 36% e 34% de McCain, respectivamente).


 


O senador por Illinois também teve bom desempenho em duas dimensões relacionadas à efetividade em alcançar resultados em políticas públicas. Ele tem 48% das indicações dos eleitores quando se pergunta quem trabalha melhor com os dois partidos norte-americanos para conseguir aprovar políticas em Washington e 41% da opinião dos entrevistados sobre quem tem um plano claro para resolver os problemas políticos do país –contudo, 28% dos eleitores disseram não ter opinião neste último quesito.


 


Empate


 


O cenário é mais acirrado para Obama e McCain quando se avalia seus valores éticos e morais. O democrata lidera McCain por uma margem de apenas oito pontos percentuais quando se questiona os eleitores sobre qual provável candidato tem os mesmos valores que eles –o senador por Illinois tem 47% das indicações contra 39% do senador por Arizona.


 


Já quando se questiona aos eleitores qual dos senadores eles consideram mais honesto e confiável, a margem de Obama é ainda menor, apenas quatro pontos percentuais (39% a 35%) –com uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, o resultado pode ser considerado um empate estatístico.


 


Os dois presidenciáveis empatam com 42% das indicações quando se questiona quem é o mais apto a governar efetivamente.


 


O republicano ganha de Obama apenas no quesito “líder forte e decidido” e por uma margem muito pequena. O senador tem 46% das indicações dos eleitores entrevistados nesta característica, contra 40% de Obama.


 


O bom desempenho de Obama nos quesitos pessoais e de liderança parece estar refletindo no seu desempenho em intenção de voto. Apesar da pesquisa geral do instituto apontar uma margem de apenas seis pontos percentuais para Obama, uma sondagem do Times/Bloomberg coloca Obama com 48% das intenções de voto contra apenas 33% de seu rival republicano.


 


A pesquisa Gallup foi realizada entre 15 e 19 de junho e consultou 1.625 eleitores.


 


Fonte: Folha Online