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Programa Cultura Viva recebe o prêmio Orilaxé no Rio

Na noite do dia 24, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi palco de um grande e belíssimo evento. A 9ª edição do Prêmio Orilaxé, que na língua dos povos iorubas quer dizer: “a cabeça tem o poder de realização”. Compondo o cenário, o rosto de duas cri

No apagar das luzes que anunciava o início do evento a cantora Fernanda Abreu e o rapper Marcello Silva subiram ao palco para convidar a primeira atração cultural da noite. E três rapazes batucando os tambores meio a um silêncio ensurdecedor arrepiavam a pele da alma dos que ali estavam presentes.


                    


E de repente, moscas começaram a sobrevoar um pano branco colocado no fundo do palco e uma banda de música, antes apresentada apenas pelas vozes, instrumentos e sombras surgiu parafraseando a música “Eu sou a mosca” de Raul Seixas. E quem ali estava era de fato, ser privilegiado, pois todo aquele universo era alimento para o corpo mente e alma.


 


O troféu do Prêmio estampava o rosto de crianças das comunidades onde o AfroReggae atua (Vigário Geral, Parada de Lucas, Complexo do Alemão e Cantagalo), teve como lema os 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos  e abordavam  temas como guerra, homossexualismo, violência doméstica  que foram exibidos em forma de vídeo e davam estatísticas e informações muitas vezes desconhecidas ou pouco conhecidas. O Prêmio contempla pessoas ou grupos distribuídos em 13 categorias.


 


E entre os 13 Agraciados com o Prêmio estava O Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura representado pelo Secretário de Programas e Projetos Culturais, Célio Turino que em seu discurso agradeceu o reconhecimento e disse: “Quando em 2004 o Ministro Gil me convidou para desenvolvermos um projeto de acesso à cultura de forma ampla e democrática, criamos os Pontos de Cultura que hoje são 800 espalhados pelo Brasil e significa uma referência quanto ao Protagonismo Social. É a sociedade se empoderando do estado, do governo”. 


 


E encerrou oferecendo o prêmio aos 800 Pontos de Cultura existentes e em gesto sublime levou as mãos à cabeça e tirou o chapéu dizendo: “Como representante do governo tudo o que posso fazer é tirar o chapéu para esse povo Brasileiro que tanto faz”.


 


E esse ano, num momento especial houve também a premiação de 15 parceiros do projeto. Entre eles: O apresentador Luciano Huck, a atriz Regina Casé; o Vice Presidente de Responsabilidade Social  do Grupo ABC, Luís Roberto Pires Ferreira.; o antropólogo Hermano Vianna, e o diretor regional do SESC SP, Danilo Santos de Miranda entre outros.


 


Entre um prêmio e outro, um vídeo e outro, a cultura popular pulava, pulsava, batucava e agitava. E um encontro inusitado fechava a noite, Zeca Pagodinho, Olodum e AfroReggae dividiram o mesmo palco e já não sabia mais, o que era palco e platéia. Era o misturalismo cultural fechando a noite e abrindo novas possibilidades para crianças e adolescentes que moram em áreas de grande vulnerabilidade social do Rio de Janeiro.


 


Confira a lista dos premiados em 2008:


Jornalismo: Amélia Gonzáles (RJ)
Veículo de Comunicação: Canal Moto Boy (SP)
Fotografia: Berg Silva (RJ)
Grupo Musical: Siba e a Fuloresta (PE)
Cantor: Rappin Hood (SP)
Cantora: Roberta Sá (RJ)
Cultura Popular: Mestre Felipe (MA)
Tradição Afro-Brasileira: Mercedes Batista (RJ)
Responsabilidade Social: Olinta Cardoso (RJ)
Direitos Humanos: João Tancredo (RJ)
Projeto Social: Banco Palmas (CE)
Empreendedorismo Social: Fundação Casa Grande (CE)
Produção de Conhecimento: Edson Cardoso (DF)
Inovação Social: Programa Cultura Viva – Minc (DF)
Políticas Publicas: Carlos Minc (RJ)