Japão prioriza a energia nuclear para combater a poluição
O Japão promove no G-8 mais a energia nuclear, e não os biocombustíveis, para conciliar redução de emissões de gases de efeito-estufa com segurança energética e preço de energia relativamente baixo.
Publicado 07/07/2008 10:40
Tóquio quer arrancar o compromisso do G-8 e das grandes economias emergentes de relançarem programas de geração nuclear até que haja energia renovável esteja tecnologicamente pronta para utilização em ampla escala.
Para isso, defende salvaguarda contra proliferação, segurança da energia e contra terrorismo nuclear. Os japoneses listam 31 países, incluindo Brasil e Argentina e México, que querem expandir a geração de energia nuclear. E outros 29, como a Venezuela, Irã e Argélia, grandes produtores de petróleo, que querem desejam introduzir esse tipo de energia.
O plano de fazer o renascimento da energia nuclear pode ser torpedeado pela Alemanha, a única grande economia que ainda resiste ao nuclear depois que a Itália, agora sob a direção de Silvio Berlusconi, decidiu apoiar a energia.
A chanceler alemã, Angela Merkel, até aceitaria pôr fim ao plano herdado do governo Socialistas-Partido Verde, de fechamento progressivo das centrais até 2021. Mas sabe que, se apoiar o nuclear G-8, corre o risco de quebrar a já frágil coalizão com os socialistas.
O G-8 prepara com o G-5 (Brasil, China, Índia, África do Sul e México) uma declaração conjunta sobre segurança energética e mudança climática, no qual aparecem as opções de energias renováveis e também do nuclear.
Deverão se comprometer a trabalhar na imposição de padrões de eficiência energética para construção de prédios, por exemplo, além de abordagem setorial no combate a emissões, por exemplos nos setores mais poluidores.
Fonte: Valor Econômico