Perpétua: discriminação é atraso

Perpétua Almeida reforçou o apelo dos movimentos sociais do Acre contra a discriminação a pobres, gays, negros, mulheres, índios e idosos.


A deputada federal Perpétua Almeida (PcdoB) participou da Caminhada pela Paz, promovida pelos movimentos sociais do Acre. Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com o apoio de outras sete instituições, foi realizada nas primeiras horas da manhã da última sexta-feira com o objetivo de fazer com que a população reflita sobre a violência e o preconceito contra os negros, idosos, indígenas, obesos, homossexuais, crianças, adolescentes, mulheres e pobres.


Vestidos com roupas brancas, os  participantes da caminhada fizeram todo o percurso, que terminou em frente ao Quartel da Polícia Militar, vestindo camisetas brancas, simbolizando o pedido de paz. Na mesma oportunidade, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, uma das apoiadoras do evento, lançou a programação da 2ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, que será realizada nos dias 14 e 15, no Horto Florestal.


“Essa foi a melhor hora para lançarmos a programação da conferência. É a primeira vez que a Caminhada pela Paz é realizada em Rio Branco como um movimento da sociedade civil organizada. Mais do que nunca as pessoas estão unidas para combater a violência e cultuar a paz”, disse o secretário de Direitos Humanos, Henrique Moura (PcdoB).


Durante a passeata, o grupo lembrou a morte do conselheiro Estadual de Saúde, Joseh Alexandre Leite Leitão, 49, barbaramente assassinado no dia 3 de julho, dentro de sua residência na Rua Uva, Conjunto São Francisco. O conselheiro foi homenageado em clima de muita emoção pelas pessoas que acompanharam o movimento.


Segundo o presidente da Cut-Ac Manoel Lima, as entidades sociais vêm se reunindo há cerca de um mês para discutir a questão da violência, do preconceito, da falta de segurança e outros assuntos sociais que afligem a comunidade. “Vamos montar um fórum permanente para continuar lidando com essas questões”, completou.


“Participo desta atividade, e me disponho a participar de todas as que se proponham a diminuir a violência, e, lutar contra a discriminação seja ela qual for. Não podemos admitir que o homem que desenvolveu tecnologia espacial, nanotecnologia, ou seja tenha evoluído tanto tecnologicamente, continuamente humanamente primário. Discriminação e violência  são sintomas de atraso e vamos continuar lutando contra isso”, destacou a deputada comunista.