Mulheres vítimas de violência geram renda com artesanato na Serra

O projeto iniciou em Setembro de 2007 e foi concebido pela Associação Mulher Cidadania e Rede Canela (Amucan), fundada em 1999, que realizou oficinas de corte e costura, fuxico e bordado para produzir roupas e acessórios. Os trabalhos são feitos com retalhos de tecidos e vendidos a preços acessíveis através da rede de economia solidária. A artesã e coordenadora Nina Paula Thomas conta que o grupo também estudou como montar uma cooperativa, já que o próximo passo é as mulheres darem andamento ao trabalho de maneira independente.

“Além de tu manter o grupo unido, para conseguir desde a captação das pessoas certas, que tenham o perfil para trabalhar com economia solidária, com preço justo, trabalhar em grupo, é difícil. Agora, manter esta parte que está o projeto, que já está no término, de formar o grupo delas, de andarem com as próprias pernas, é o mais difícil para não acabar”, diz.

Os retalhos de tecidos são recebidos através de doações, inclusive de empresas do setor. Atualmente, o grupo tem um espaço para vendas em uma loja de Canela. No entanto, Nina aponta que o grupo ainda tem dificuldades em captar recursos e até mesmo de se manter unido.

Para a artesã, a economia solidária é uma alternativa real de geração de renda e de fortalecer a auto-estima das mulheres, principalmente das que sofreram violência doméstica.

“Economia solidária existe há muito tempo em países desenvolvidos e, agora, chegando no Brasil e no Estado é muito forte, é primordial, porque são grupos que se formam, se fortalecem e formam uma rede e conseguem vender”, diz.

Agência Chasque