CMP prepara luta mundial contra 4ª Frota e bases militares

Passados cinco meses da realização de uma das maiores Assembléias do Conselho Mundial da Paz, o Secretariado se reune em Portugal, de 9 a 10 de setembro, e avalia as atividades realizadas em Caracas, os últimos acontecimentos da geopolítica mundial, al

Com um alto quorum de participantes, a reunião do Secretariado conta com a participação de representantes do Brasil, Grécia, Cuba, Portugal, Alemanha, Palestina, Síria, Estados Unidos, Vietnã, Japão, Índia e Venezuela.



O primeiro dia de reunião foi marcado pela análise dos acontecimentos mais recentes da geopolítica internacional. Em sua intervenção, a presidente do CMP, Socorro Gomes, destacou aspectos importantes do cenário internacional, como as recentes provocações do imperialismo no Cáucaso e a reativação da 4ª Frota em águas da América latina. (leia a íntegra do discurso de Socorro Gomes)



O Secretário Geral do CMP, Athanasios Pafilis, realizou um informe das atividades realizadas pela organização desde sua assembléia, realizada no último mês de abril, em Caracas. Pafilis destacou a participação do CMP nas atividades em memória das vítimas de Hiroxima e Nagasaki, organizadas pelo Comitê Japonês pela Paz, a Constituição do CHILEPAZ, o representante chileno do CMP, e visitas recentes a países como Colômbia, onde o movimento pela paz está sendo reorganizado.


 


A reunião conta ainda com a realização de informes regionais, que possibilitam realizar uma análise mais abrangente sobre a atuação do CMP a nível mundial.



A realização da última Assembléia do Conselho Mundial da Paz foi um grande acontecimento na história da organização. Na ocasião, reuniram-se na capital venezuelana mais de 600 defensores da paz e da luta antiimperialista, representados em 145 organizações de 84 países, que fizeram da Assembléia de Caracas a maior da última década, numa demonstração da magnitude do acontecimento.



A Assembléia de Caracas foi a coroação de um rico e intenso trabalho ao longo de  quatro anos, com vistas ao fortalecimento do Conselho Mundial da Paz. Uma das grandes demonstrações do fortalecimento do Conselho nos últimos anos é o crescimento do número de organizações  filiadas. No período de quatro anos entre uma Assembléia e outra 30 novas organizações se incorporaram ao CMP.



Segundo Socorro Gomes, a avaliação geral é de que “os debates da Assembléia foram caracterizados por um elevado nível de consciência antiimperialista, uma expressão das convicções, da unidade e do compromisso das organizações presentes em torno da luta pela paz”.



O caráter antiimperialista e os princípios do CMP foram mais uma vez reafirmados nas resoluções aproadas. A Assembléia culminou com a eleição da nova direção do Conselho Mundial da Paz, que obteve a unanimidade dos votos.



A reunião do Secretariado aponta que parte do êxito da Assembléia está ligado ao fato de ter sido realizada na América Latina, onde estão em curso importantes transformações políticas, fruto das lutas dos povos por seus direitos, pela independência nacional, pela paz e contra o neocolonialismo.



A reunião realizou um reconhecimento especial aos companheiros do Comitê de Solidariedade Internacional – COSI, e agradeceu em seu nome a todo o povo venezuelano, por sua hospitalidade, e ao Governo do Presidente Hugo Chavez, cujo apoio foi decisivo para o êxito da Assembléia.



Em síntese, os representantes presentes na reunião concluíram que a Assembléia colocou o CMP à altura dos desafios de nossa época.



Organizar um novo período de lutas contra o imperialismo
Para o segundo e último dia de reunião, o Secretariado concentrará seus esforços no debate acerca do Plano Geral de Trabalho da entidade. A orientação geral aprovada na assembléia é preparar o CMP para um novo período de lutas contra o imperialismo.



No próximo período, os esforços estarão concentrados na elaboração de uma campanha mundial contra as bases militares estrangeiras e as guerras de ocupação, que será composta por ações específicas, como a luta contra a 4ª Frota e protestos contra a Otan, no ano em que essa organização completa 60 anos.


 


 


Fonte: Cebrapaz