Evo expulsa embaixador dos EUA por ação separatista

O presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou persona non grata ao embaixador dos Estados Unidos em La Paz, Philip Goldberg. Na tarde desta quarta-feira (10), Evo instruiu imediatamente o chanceler David Choquehuanca a notificar o diplomata para que ele

“Sem medo de ninguém, sem medo do Império, diante do povo boliviano declaro hoje o senhor Goldberg, embaixador dos EUA, persona non grata”, sublinhou o presidente no Palácio Quemado, ao lançar o programa Meu Primeiro Emprego, que visa colocar os jovens bolivianos no mercado de trabalho.



Evo instruiu o chanceler boliviano a informar no mesmo dia a Goldberg, dentro dos marcos legais e diplomáticos, sobre a decisão do governo da Bolívia e de seu presidente constitucional, para que ele retorne aos EUA.



“Não queremos gente separatista, nem divisionista, nem que conspire contra aunidade. Não queremos pessoas que atentem contra a democracia”, afirmou o presidente, em meio aos aplausos das pessoas que assistiam ao ato.



Chamamento ao povo



Evo Morales recordou que o embaixador, antes de ser acreditado na Bolívia, atuou como chefe da missão estadunidense em Pristina, Kossovo, onde consolidou a separação e a independIncia dessa região às custas de milhares de mortes.
Evo disse que a decisão sobre Goldberg é uma homenagem à luta histórica do povo boliviano contra o modelo neoliberal e contra toda forma de ingerência estrangeira. “Quero dizer-lhes, irmãos e irmãs, e ao povo boliviano, que é obrigação do governo e do povo defender a unidade nacional”, afirmou.



Para o presidente, só o povo organizado pode defender e recuperar a democracia face aos separatistas. Ele convocou os movimentos sociais a defender a unidade da Bolívia.



Conforme a Agencia Boliviana de Información, desde a terça-feira passada (9), “poucas horas depois do dirigente oposicionista  Branco Marinkovic retornar dos EUA, hordas de autonomistas e delinqüentes semearam o Éodio, terror e saques no centro da cidade de Santa Cruz, tomando repartições públicas que foram praticamente destruidas”.



Com inforemações da ABI (Agencia Boliviana de Información): http://abi.bo/index.php