4,3 mil temporários no Ceará

A data comercial mais aguardada do ano para o comércio brasileiro, mais uma vez, representa oportunidade para quem está na fila do desemprego. O próximo Natal no Ceará deve ser responsável pela contratação de 4.300 mil temporários. Destes, 2 mil devem ocupar vagas abertas nos shoppings do Estado. A média salarial será de R$ 665 e as mulheres devem responder por 55% dos cargos oferecidos.

 

Mesmo ainda faltando pouco mais de três meses para as festividades natalinas, quem tiver a pretensão de concorrer a alguma dessas oportunidades, é bom ficar atento. As unidades do Sine/IDT já começam a receber currículos para iniciarem o recrutamento de profissionais que se enquadrem no perfil exigido pelas empresas contratantes.

 

´Como o Comércio está muito aquecido, os empresários anteciparam as contratações. O que começava em novembro, já se espera que aconteça em outubro´, observa o presidente da Associação de Lojistas de Shoppings do Ceará (Alshop/CE), Abílio do Carmo. Conforme ele, a perspectiva é que, em torno de 200 trabalhadores sejam efetivados nos shoppings cearenses ao final da temporada.

 

Para as festividades de final de ano estão sendo demandadas vagas para preencher funções que vão de fiscais de loja, empacotadores, etiquetadores e vendedores, passando pelo pessoal da segurança e limpeza, até vagas para Papai Noel.

 

No País, estima-se que as festas de final de ano abram 113 mil novas oportunidades formais (8% a mais do que o verificado em igual período de 2007), segundo estudo apresentado, ontem, pelo Sindeprestem (Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-Obra e de Trabalho Temporário). Somente em São Paulo, serão mais de 15 mil novas vagas. A perspectiva da entidade é que, após a virada do ano, 37% dos trabalhadores sejam efetivados.

 

Para o período, os shoppings brasileiros devem contar com um reforço de 112 mil trabalhadores para o período (incremento de 15,8%, se comparado ao ano passado).

 

Economia favorece

 

O momento atual da economia brasileira e o ´boom´ de inauguração de lojas no País impulsionam a abertura de novos postos temporários. Apenas no Ceará, assim como noticiado pelo Diário do Nordeste, na edição de 9 de setembro último, cerca de 400 estabelecimentos comerciais passaram a fazer parte dos shoppings do Estado em 2008. ´Os indicadores desse aumento são o crescimento da economia, oferta de credito e da formalização da mão-de-obra, que tem contribuído para o crescimento do trabalho temporário´, diz o diretor de Comunicação da Sindeprestem, Vander Morales.

 

No cenário nacional, de acordo com o levantamento do Sindicato, os setores que apresentarão crescimento mais acentuado no período serão as lojas de departamento (10,7%), seguida do varejo de rua (8,8%), supermercados (7,6%) e shoppings (4,9%).

 

O perfil do setor

 

As empresas que recrutam temporários e terceirizados no Brasil, hoje, somam 30.960, faturam R$ 58,9 bilhões/ano, empregam quase 2,5 milhões de trabalhadores e pagam um total de R$ 25,5 bilhões anuais em salários. Na área de contribuição social, recolhem R$ 2,1 bilhões em FGTS e R$ 5,1 bilhões em INSS. Os dados constam na Pesquisa Setorial 2007/2008, divulgada também pelo Sindeprestem.