EUA divulgam radiografia do seu déficit comercial

O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou 5,7% em julho em relação a junho, alcançando US$ 62,2 bilhões, o valor mais alto desde março de 2007 e que acabou sendo maior que o esperado por causa do preço recorde do petróleo. As informações publicadas

O setor exportador é uma das poucas notas positivas no atual panorama econômico americano. Entre janeiro e julho, o déficit comercial norte-americano, que inclui bens e serviços, totalizou US$ 419,86 bilhões, acima dos US$ 415,679 bilhões do mesmo período do ano anterior.



Os preços do petróleo alcançaram um recorde histórico em julho, o que fez com que o valor que os Estados Unidos pagam pelo petróleo que importam alcançasse US$ 51,4 bilhões no mês citado, 13,7% a mais que em junho.  As importações de veículos e bens de consumo diminuíram um pouco em julho, enquanto outras duas categorias (alimentos e bebidas, e bens de capital) aumentaram um pouco, em uma demonstração de que a debilitada economia americana está reduzindo a demanda por produtos de outros países.


 


As exportações de bens e serviços americanos aumentaram 3,3% em julho, para alcançarem o valor recorde de US$ 168,1 bilhões. O superávit dos países da União Européia (UE) em seu comércio de bens com os Estados Unidos aumentou 33,8% em julho com relação ao mês anterior e ficou em US$ 11,035 bilhões.



Nos sete primeiros meses de 2008, o superávit do bloco europeu com os Estados Unidos foi de US$ 56,129 bilhões, abaixo dos US$ 60,788 bilhões do mesmo período do ano anterior.



Os países da UE geram um pouco mais de 11% do déficit no comércio exterior de bens dos Estados Unidos, que somou nos sete primeiros meses deste ano US$ 502,235 bilhões.



No caso da América Latina e do Caribe, o aumento do superávit em julho em comparação ao mês anterior foi de 17,9%, para US$ 9,96 bilhões. A região contabilizou entre janeiro e julho 11,7% do déficit total do comércio de bens dos EUA.



O México, que está associado ao seu vizinho e ao Canadá no Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), representou nos sete primeiros meses do ano 8,1% do superávit comercial da América Latina e do Caribe com os Estados Unidos. Enquanto isto, o superávit dos países asiáticos aumentou 22,4% em julho e chegou a US$ 32,572 bilhões.



Estes países acumularam um superávit de US$ 193,016 bilhões durante os primeiros sete meses do ano, em comparação aos US$ 207,229 bilhões do mesmo período de 2007.



Os países da Ásia e do Pacífico, entre eles a Austrália, contabilizam quase 38,4% do déficit no comércio exterior de bens dos Estados Unidos. Apenas um país desta região, a China, representa 28% do déficit total no comércio americano de bens.



O déficit com a China aumentou 16,1% em julho em relação a junho, alcançando os US$ 24,9 bilhões, e superou ligeiramente o recorde alcançado no ano passado.



Fonte: Efe