Nutricionista aprova adição de mandioca à farinha de trigo

A nutricionista Ana Célia Oliveira, membro do Conselho Federal de Nutricionistas, destaca as vantagens da adição da farinha de mandioca à farinha de trigo para elaborações de produtos como pães, biscoitos e massas em geral. A farinha de mandioca possui

A nutricionista elogiou o projeto de lei, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que obriga a mistura de farinha de mandioca à de trigo em produtos vendidos ao governo. A lei acaba de ser aprovada no Senado e espera apenas a sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para entrar em vigor.



Embora a idéia da lei seja diminuir a dependência do trigo importado e baratear o preço dos alimentos, a medida acaba repercutindo na nutrição dos consumidores. Ana Célia acredita que a proposta é interessante também porque o consumo de mandioca é um hábito brasileiro bastante difundido no norte e nordeste, que resgata a herança indígena. Ela lembra ainda que a adição beneficia produtores brasileiros.



Outra vantagem destacada por ela é de que não existe intolerância ao produto, como ocorre em relação ao trigo, no caso de pessoas com doença celíaca, embora no caso da mistura esta intolerância não seja evitada. Os teores de gordura e carboidrato normalmente são idênticos para os dois produtos.



Mudanças



Segundo o projeto, o percentual de mistura aumentará gradativamente ao longo de três anos. No primeiro ano, ficará em 3%, depois em 6% e, a partir do terceiro ano, em 10%.



Os moinhos que aceitarem realizar a mistura serão beneficiados com incentivo fiscal. Não pagarão a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) nem o PIS-Pasep.



A nova lei determina que prefeituras, governos estaduais e federal terão de comprar produtos com farinha de mandioca, o que inclui pães, macarrão e biscoitos.



De Brasília
Márcia Xavier
Fonte: Comunique-se