UnB vai escolher novo reitor. PCdoB apoia Chapa É agora UnB

Na tarde da última sexta-feira (12), o Conselho Universitário (Consuni) decidiu, por unanimidade, que as eleições para reitor, que ocorrem nos próximos dias 17 e 18 (quarta e quinta-feira), serão realizadas pela comunidade acadêmica, por meio das entidades representativas de professores, estudantes e servidores. O voto continua paritário, com peso igual para os três segmentos.

A mudança foi motivada por uma recomendação de suspensão da eleições do novo reitor do Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal na terça-feira (9). Para o MPF, a paridade contraria a Lei que estabelece peso de 70% para o voto dos docentes se as eleições fossem realizadas pelo Consuni.

De acordo com o reitor pro tempore da UnB, Roberto Aguiar, depois de a comunidade acadêmica fazer a consulta, o resultado passará pela aprovação do Consuni. ''O conselho tem 70% de professores em sua formação e encaminhará os nomes ao Ministério da Educação (MEC). Assim, deixamos de lado os riscos de interferências externas'', explicou o reitor.

Segundo o procurador da UnB, Mauro Chaves, a decisão do Consuni foi encaminhada ao MPF nesta segunda-feira (15). ''O processo eleitoral não violará a lei. Além disso, vamos garantir a autonomia da universidade'', garantiu Chaves.

A solicitação do MPF foi motivada por uma representação do professor aposentado do Instituto de Ciências Biológicas da universidade, José Carmine Dianese. O docente indagava a respeito do não cumprimento da lei nas eleições.

Os seis candidatos a reitor foram unânimes em afirmar que a UnB deveria manter as regras e os prazos definidos para o pleito. ''Também entramos em contato com outras universidades que fazem eleição paritária. Queremos que o processo seja respaldado pela comunidade acadêmica'', reforçou o vice-reitor pro tempore da UnB, José Carlos Balthazar.

Apoio do PCdoB

O PCdoB no Distrito Federal analisa que a atual disputa eleitoral na UnB é de grande importância, seja pelo resgate da imagem da Universidade de Brasília, abalada após os indícios graves de malversação de verbas públicas pela antiga administração, seja pela definição dos rumos da gestão para o próximo período.

O Partido anunciou o apoio ao professor Volnei Garrafa, que recebeu o documento elaborado pelos professores e estudantes do partido na UnB  e comprometeu-se com as propostas.

“Volnei Garrafa e Ricardo Caldas estavam abertos às idéias e contribuições de militantes do PCdoB mesmo antes de pensarmos em apoiá-los e posteriormente abraçaram as propostas contidas no manifesto por ''Uma UnB Nova: Democrática, Cidadã, Participativa e Solidária'', elaborado por nossos militantes”, explicou Alan Bueno, secretário-geral do PCdoB-DF, para que “a vitória de Volnei Garrafa e Ricardo Caldas pode representar um enorme avanço no encaminhamento das propostas mais avançadas para a Universidade de Brasília”.

Segundo o dirigente comunista, ''defendemos a universalização do ensino superior, especialmente para os jovens mais necessitados, bem como  a ampliação da participação de servidores e estudantes nos colegiados da universidade''.

Chapas e candidatos
 

Concorrem ao pleito seis chapas: Chapa Agora vai!, com Maria Luísa Ortiz Alvarez (Instituto de Letras) e Inês Maria Marques Zanforlin Pires de Almeida (Faculdade de Educação); Chapa UnBViva, com Michelângelo Giotto Santoro Trigueiro (Departamento de Sociologia) e Paulo Ramos Coelho Filho (Departamento de Teorias e Fundamentos); e a Chapa Compromisso com a UnB, de Márcio Martins Pimentel (Instituto de Geociências) e Sônia Nair Bao (Instituto de Ciências Biológicas).

As outras três chapas concorrentes são: Chapa A UnB que nós queremos, com Jorge de Freitas Antunes (Departamento de Música) e Maria Lúcia Pinto Leal (Departamento de Serviço Social); Chapa É agora UnB, com Volnei Garrafa (Faculdade de Ciências da Saúde) e Ricardo Wahrendorff Caldas (Instituto de Ciência Política); e a Chapa UnB século XXI, dos professores José Geraldo de Sousa Júnior (Faculdade de Direito) e João Batista de Sousa (Faculdade de Medicina).
 

De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da Secretaria de Comunicação da UnB