Meio milhão morrem anualmente pós-gravidez e parto

Mais de meio milhão de mulheres morrem a cada ano por causas relacionadas com a gravidez e o parto, a quase totalidade em países subdesenvolvidos, informou nesta sexta-feira uma pesquisa divulgada pela Unicef.

O documento do Fundo de Nações Unidas para a Infância (Unicef) destaca também que aproximadamente 10 milhões de mulheres sofrem seqüelas depois da gestação, como infecções ou deficiências.



Hemorragias, hipertensão, abortos de risco, trabalho de parto prolongado ou obstrução do parto são os problemas mais freqüentes que provocam a morte da mãe.



Outros transtornos, como déficit nutricional, anemias e Aids influenciam diretamente na mortalidade materna, acrescenta o texto.



O organismo também indica que existem enormes diferenças entre nações. Enquanto no mundo em desenvolvimento o risco de morrer por complicações derivadas da maternidade é de um em 76, no industrializado é de um em oito mil.



A região da América Latina e do Caribe teve uma redução da mortalidade materna em 28 por cento desde 1990. No entanto, só em 2005, aproximadamente 15 mil mulheres faleceram durante a gravidez ou o parto.



O relatório ressalta, que na maioria dos casos, a morte é evitável. Mas para isso é necessário uma adequada atenção pré-natal, serviços de assessoramento e diagnóstico da Aids, bem como assistência de pessoal qualificado durante o parto.