Para o papa, anticoncepcionais “negam o amor”

O papa Bento XVI reafirmou em termos duros um dos pilares da doutrina oficial católica sobre a sexualidade, ao proclamar nesta sexta-feira (3) que “uma ação voltada a impedir a procriação” significa “negar a verdade íntima do amor”. Portanto os anticoncep

“Toda forma de amor tende a difundir a plenitude da qual vive e o amor conjugal tem um modo próprio de comunicar-se: gerar filhos” – escreveu o papa. “Excluir essa dimensão comunicativa através de uma ação voltada a impedir a procriação, significa negar a verdade íntima do amor entre o marido e a mulher, mediante o qual se comunica o dom divino”, acrescentou.



Bento XVI reconhece que existem momentos e contingências na vida de um casal que tornam “prudente” não ter filhos. Mas mesmo nestes casos aponta como único remédio “o conhecimento dos ritmos naturais de fertilidade da mulher”, que fazem com que o casal possa “administrar o que o Criador, sapientemente, inscreveu na natureza humana, sem turbar o significado íntegro da doação sexual”.



A mensagem de Bento XVI foi enviada aos participantes do congresso inaugurado na manhã desta sexta-feira, por ocasião dos 40 anos da encíclica Humanae Vitae, de Paulo VI, que também condenou o uso de contraceptivos. O encontro é promovido pelo Pontifício Instituto João Paulo II para os Estudos sobre o Matrimônio e a Família e pela Universidade Católica do Sagrado Coração.



A condenação dos anticoncepcionais é um dos vértices de um triângulo de condenações em matéria de sexualidade, que inclui também a do aborto e do homossexualismo. É também o vértice mais contestado: nos 40 anos desde a Humanae Vitae, as mulheres, inclusive católicas praticantes, aderiram em massa aos anticonceptivos.



Da redação, com agências