Guatemala: fórum continental analisa conquistas e desafios

Milhares de participantes no Fórum Social das Américas, que terá início na próxima terça-feira (7) na Guatemala, analisarão os alcances e desafios das mudanças ocorridas hoje na região que devolvem o protagonismo aos povos.

“A configuração política do continente está mudando a favor das maiorias e essas transformações devem consolidar-se”, disse à Prensa Latina a representante de Equador no Conselho Hemisférico do Fórum, Sally Burch.



Segundo a ativista, na América do Sul só ficam dois governos com clara tendência de direita, Colômbia e Peru, enquanto na América Central há mudanças já na Nicarágua e Honduras e se espera o triunfo eleitoral da Frente Farabundo Martí em El Salvador.



Trata-se, disse, de um momento adequado para trocar sobre estas novas situações e de ali a importância desta viagem, que pela primeira vez se celebrará num país de América Central.



Delegados de organizações populares, indígenas, camponesas, de mulheres e de outros setores de todo o hemisfério participarão de 7 a 12 de outubro no Fórum Social, o terceiro efetuado na região após os de Caracas e Quito.



Jorge Coronado, da Aliança Social Continental, destacou que se vão debater com profundidade as experiências das reformas constitucionais no Equador e Bolívia, as quais significam um importante passo para os povos.



Também será um espaço para discutir as alternativas diante do modelo econômico neoliberal que consumiu a nossos países na pobreza, acrescentou.



De acordo com Coronado, recentes eventos como a crise energética, as quebras financeiras nos Estados Unidos e o impacto do esquentamento global demonstram que este mundo tal e como está organizado já é inviável e se precisa transformar.



Entre os eixos temáticos do evento estão a luta contra o neoliberalismo e os Tratados de Livre Comércio com Estados Unidos, a defesa da qualidade de vida e a situação das nacionalidades indígenas e afro-descendentes.