SP: greve de metalúrgicos pressiona e fecha cinco acordos

Nesta quarta-feira (8), primeiro dia de greve pelo aumento salarial dos metalúrgicos ligados à Força Sindical em São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo assinou cinco acordos diretos com empresas, garantindo 11,10% de aumento salarial, e

Os acordos foram firmados com a Metalúrgica Schioppa, Pasini & Cia, Inci Cozinhas Industriais (todas na zona leste), Bekun do Brasil (zona sul), Isomec Estamparia (zona oeste), e mais acordos podem ser celebrados até o final do dia, segundo avaliam os diretores do Sindicato.


 


Na Metalfrio, zona sul, do setor de máquinas, os trabalhadores decidiram manter a grve até a assinatura do acordo. A empresa conversou hoje de manhã com o presidente do Sindicato, Miguel Torres, e o diretor Antonio Raimundo, o Mala, que comandavam assembléia na porta da fábrica, e pediu prazo até amanhã para analisar o acordo. Os trabalhadores não aceitaram, ficaram do lado de fora da empresa até 10h da manhã e foram pra casa. A fábrica tem cerca de 480 funcionários.


 


Em outras empresas, os trabalhadores aprovaram estado de greve.


 


No estado


 


No Estado, foram feitas paralisações de uma a duas horas em 300 empresas em 25 municípios, atingindo cerca de cinco mil trabalhadores, segundo balanço da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.


 


A greve atinge as empresas dos setores de máquinas e equipamentos e eletroeletrônicos, diante da postura dos sindicatos patronais – Sindmaq e Sinaees – em dificultar as negociações e não acenarem com nenhuma contraproposta.


 


A categoria, com data-base em 1º de novembro, reivindica aumento salarial, valorização do piso salarial, fim das terceirizações, cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (contra demissão imotivada). A campanha salarial envolve 54 sindicatos de metalúrgicos no Estado, que representam cerca de 750 mil trabalhadores.


 


Diretores do Sindicato detidos


 


Os dois diretores e os três assessores do Sindicato que foram detidos pela polícia hoje de manhã, quando realizavam assembléia na MTU do Brasil, fábrica de motores diesel, na zona oeste da capital, continuam no 46º DP, em Perus, aguardando a finalização do B.O. Os detidos são David Martins e Eufrozino Pereira, diretores; Rodoni, Isac e Erlon, assessores.


 


A polícia, chamada pela empresa, queria que os diretores tirassem o carro de som da porta da fábrica, como não foi atendida, deu voz de prisão por desobediência e apreendeu o carro de som. “Nós estávamos no meio de uma assembléia, não dava pra parar de repente, mas eles não quiseram esperar”, afirma David Martins.


 


Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de SP