Chile: Bachelet busca unidade nacional para enfrentar crise

Discursando no Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, Bachelet convocou todo o espectro político do país a trabalhar junto e reiterou que, embora um clima de incerteza e inquietude tenha tomado conta do mundo, o Chile pode permanecer tranqüilo.

Isso deve, segundo ela, aos sólidos fundamentos da economia do país. “Há exportações diversificadas, uma política de responsabilidade fiscal que hoje apresenta resultados, importantes níveis de poupança, uma dívida pública muito baixa e um sistema financeiro estável”, explicou.

Além dos fatores econômicos, a presidente destacou também a disposição dos partidos para enfrentar a crise unidos e agradeceu à oposição por trabalhar pelo país. “Outra fortaleza, talvez mais importante que os indicadores, é que no Chile todos os setores estão convictos de que essa conjuntura internacional deve ser enfrentada com unidade nacional, e não buscando vantagens que não ajudam”, afirmou.

“O Chile está mostrando ao mundo que, em momentos de dificuldade, somos capazes de chegar a um acordo e trabalharmos juntos para seguir em frente, e essa vontade unificada é, sem dúvida, nossa mais importante defesa ante a incerteza que vem dos mercados estrangeiros”, disse.

Mas, apesar do tom otimista, a presidente reconheceu que o Chile não pode pretender estar imune aos efeitos da crise.

Entre as medidas anunciadas para fortalecer a economia chilena, Bachelet anunciou um pacote para garantir linhas de financiamento a pequenas e médias empresas, aprovar um orçamento para 2009 que dê mais ênfase a questões sociais e priorize a inovação e o empreendedorismo, modernizar a Codelco, a maior produtora de cobre do país e do mundo, e reformar o Estado.

Fonte: Agência Ansa