Otimista, Marta acelera ritmo de campanha e critica imprensa

Em evento de campanha na manhã desta quinta-feira (16), Marta Suplicy, candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, afirmou que está sendo vítima de uma campanha difamatória promovida pela imprensa por causa do episódio da propaganda eleitoral que questi

“Na hora em que uma campanha pergunta o que perguntou, não insinua nada. Pergunta a biografia. Desvirtuam por quê? Para lançar lama. Primeiro em mim, dizendo que sou preconceituosa, e depois lançar uma nuvem em cima da trajetória do candidato. A política é realmente muito suja”, disse a petista, em passagem pela Vila Prudente, na Zona Leste da cidade, onde Marta ficou cerca de meia hora, percorrendo ruas e visitando a associação de moradores.


 


Ela ainda defendeu que sua propaganda apenas faz referência ao perfil do candidato, e não à sexualidade dele. Marta citou sua trajetória de luta em defesa das minorias para justificar que o comercial tratava apenas do “DNA político de Kassab”. “Se há uma pessoa que combateu o preconceito neste país, contra homossexuais, contra gays, lésbicas, contra mulheres, contra negros e minorias, que apanhou neste país para defender as categorias minoritárias, fui eu”, disse. “Então, eles desvirtuam uma propaganda para não falar exatamente do que a propaganda indica, e não é da sexualidade. A propaganda indica o DNA político e o que esse DNA político trouxe para a cidade de São Paulo com a gestão trágica de Pitta. Agora (a repercussão da propaganda) tomou uma dimensão que não existia, uma dimensão lamentável, preconceituosa”, acrescentou.


 


Em nota emitida no início desta semana, a coordenação da campanha de Marta critica a imprensa por desvirtuar as questões colocadas na propaganda. Nesta quinta-feira, a candidata também apontou a mídia como protagonista do desvirtuamento da propaganda. “Depois que as rádios, televisões, articulistas e comentaristas começaram a colocar insinuações no comercial, aí o comercial passou a ter vários significados”, avaliou a petista.


 


Animação e ritmo acelerado


 


Na visita à Vila Prudente, a candidata mostrou-se animada e, inclusive, jogou com as crianças do local, com uma bola feita por adesivos de sua campanha. Marta começou a agenda de campanha hoje em uma visita na favela de Heliópolis. A candidata demonstrou pique e saiu correndo em diversos momentos da caminhada. Não foi a primeira vez que ela acelerou o passo. Ontem (15), ao visitar o Jardim Cabuçu, Marta também correu, acompanhada por várias crianças. Depois, ela explicou: “Eu tenho saúde e energia e sou muito animada, porque o candidato Kassab cai e eu estou subindo. Tenho certeza que a gente vence. Basta ver o entusiasmo como somos recebidas em cada encontro como este”, disse a candidata da coligação Uma Nova Atitude para São Paulo.


 


Desde o início do segundo turno, Marta tem intensificado as atividades de campanha, visitando diversos bairros e promovendo encontros com setores da sociedade civil.


 


Kassab: líder do 'PFL' e de Pitta


 


Marta voltou a atacar Kassab em relação a seu partido, o Democratas (ex-PFL) e a ligá-lo ao ex-prefeito Celso Pitta, de quem foi secretário. Marta disse que o partido deixou a cidade “quebrada, falida, com caos no transporte, educação abandonada e situação de endividamento”. “Ele foi parte desse governo, que deixou a cidade nesse fracasso”, disse.


 


“Foi ele, como líder do PFL, quem organizou o 'Reage Pitta' em São Paulo, já vimos esse filme. Esse filme deu no Pitta, que ninguém conhecia direito. E nós temos que pensar. Daqui a dois anos o Serra [José Serra, governador de São Paulo] está aí saindo para disputar a Presidência e quem governa é ele, com o PFL, ele com a história de vida dele. É essa importância que eu acredito que nós temos que dar ao histórico de vida de cada pessoa.”


 


Da redação,
com agências