Quintão elogia esquerda após questionar prisão política de rival

A declaração de que Marcio Lacerda (PSB) foi preso pela ditadura militar por crime comum e não político causou danos à campanha de Leonardo Quintão (PMDB) à prefeitura de Belo Horizonte. Líder na pesquisa de intenção de votos no segundo turno, com 18 p

Quintão dedicou boa parte de seu horário eleitoral no rádio a elogios ao trabalho de ex-prefeitos do PT e do PSB na capital, além de enfatizar o apoio da candidata do PCdoB, Jô Moraes, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.



“Vou governar com o apoio de Patrus. Vou continuar todos os projetos sociais de Patrus Ananias”, afirmou o candidato, referindo-se ao atual ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que foi prefeito de Belo Horizonte pelo PT, entre 1993 e 1996.



Patrus foi contrário à aliança do prefeito Fernando Pimentel (PT) com o governador Aécio Neves (PSDB) em torno da candidatura de Lacerda, mas não declarou apoio a Quintão, a exemplo de outros petistas insatisfeitos.



Além de Patrus, Quintão também fez vários elogios ao ex-prefeito Célio de Castro, eleito duas vezes pelo PSB e que morreu em julho passado, já filiado ao PT.



A afirmação de Quintão de que Lacerda era preso comum e não prisioneiro político durante o regime militar irritou parte da esquerda mineira e causou indignação até mesmo em opositores à indicação de Lacerda.



“Toda as pessoas que foram de organizações armadas fizeram ações armadas contra a ditadura, mas foram atos políticos. Como em qualquer lugar do mundo onde haja uma ditadura e se façam ações contra ela. São sempre atos políticos”, ressaltou o ex-secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda



Fonte: Reuters