Damas de Branco cubanas e Laura Bush: tudo a ver

A primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, enviou uma mensagem de apoio às Damas de Branco, de Cuba, em uma videoconferência em que destacou a “coragem e a determinação” do grupo. “Essas mulheres mostram uma coragem e uma determinação que é profun

Laura Bush manteve uma videoconferência com várias representantes das Damas de Branco, na qual também participou o secretário de Comércio norte-americano, Carlos Gutiérrez, que tem origem cubana. As Damas de Branco, conhecidas assim por se vestiram de branco como “símbolo de paz”, são parentes dos 75 criminosos condenados em 2003.


 


“Os Estados Unidos continuam mostrando os abusos cometidos pelo regime de Fidel Castro, que encarcerou maridos, filhos e irmãos das Damas de Branco, assim como outros cubanos que tentaram exercer seus direitos fundamentais”, disse Laura Bush.


 


O que teria a dizer a senhora Bush sobre os massacres no Afeganistão, no Iraque e sobre os cinco heróis cubanos encarcerados nos Estados Unidos? Não faz tempo, a congressista republicana norte-americana Ileana Ross-Lehtinen ligou para as Damas de Branco. A mensagem de Laura Bush é mais uma comprovação da ligação do grupo com os republicanos.


 


As Damas de Branco adquiriram certa fama na mídia pró-Estados Unidos que informa regularmente sobre suas atividades. Elevadas ao status de símbolo da luta pela “liberdade”, elas gozam de grande exposição midiática — mas em Cuba suscitam indiferença e repúdio.


 


Para dotar-se de certa legitimidade e ocultar as razões que conduziram seus familiares à prisão, as Damas de Branco utilizam o mesmo símbolo da luta das Madres de la Plaza de Mayo, na Argentina. Consultada, Hebe de Bonafini, presidente da associação Madres de la Plaza de Mayo, universalmente reconhecida e respeitada por sua incansável luta contra as injustiças, denunciou a relação falaciosa entre as duas organizações.


 


“Primeiro, deixe-me dizer-lhe que a Plaza de Mayo está na Argentina e em nenhum outro lugar. Nosso lenço branco simboliza a vida, enquanto que essas mulheres das quais vocês me falam representam a morte. Esta é a diferença mais importante e mais substancial que devemos assinalar aos jornalistas. Não vamos aceitar que nos comparem ou utilizem nossos símbolos para pisotear-nos. Estamos em total desacordo com elas”, afirmou.


 


“Essas mulheres defendem o terrorismo dos Estados Unidos. Defendem o primeiro país terrorista do mundo, o que tem mais sangue nas mãos, o que lança mais bombas, o que invade mais países, o que impõe as sanções econômicas mais duras aos demais. Estamos falando da nação que é responsável pelos crimes de Hiroshima e Nagasaki”, enfatizou.


 


“Essas mulheres não percebem que a luta das Madres de la Plaza de Mayo simboliza o amor por nossos filhos desaparecidos, assassinados pelos tiranos impostos pelos Estados Unidos. Nosso combate representa a revolução, a que nossos filos e filhas quiseram fazer. Sua luta é diferente, pois elas defendem a política subversiva dos Estados Unidos, que somente contém opressão, repressão e morte”, afirmou.


 


Fonte: http://www.outroladodanoticia.com.br/