Chávez: petróleo em baixa não afeta crescimento venezuelano

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou que o crescimento econômico da Venezuela não será comprometido caso o preço do barril do petróleo caia abaixo dos US$ 60, valor previsto no orçamento nacional de 2009. Nos últimos quatro anos o país experi

“Caso o preço do petróleo caia ao nível de 2007, situado em US$ 64,7 por barril, ou ao de 2006, de US$ 55,21 por barril, tenham a plena segurança de que a Venezuela não seria afetada pos essa creise mundial; continuaríamos crescendo, no social e no econômico”, disse Chávez.



“Andam esfregando as mãos”



“Digo isso para fazer frente à grande campanha que já começou tentando meter medo nos venezuelanos, gerar incerteza social”, acrescentou. “Agora andam esfregando as mãos, dizendo que, como o preço do petróleo caiu, Chávez vai afundar”, prosseguiu.
O governo prevê um crescimento econômico de 6% para 2009, segundo o orçamento nacional apresentado ao parlamento para sua aprovação, a mesma previsão mantida para este ano apesar da crise financeira mundial.



Ao fazer seu comentário, o presidente recordou outros anos crescentes em que a economia venezuelana cresceu com força mesmo com o barril do petróleo cotado em níveis bem mais modestos no mercado mundial. Em 2002, o preço foi de US$ 21,9 o barril; em 2003 foi de US$ 24,8 e em 2004 de US$ 32,8 dólares, em 2005 de US$ 32,8 o barril.



“Quando chegamos aqui (na presidência, em 1999), o preço do petróleo era de US$ 7,0 o barril, estávamos dando de presente”, recordou Chávez.



O “milagre” venezuelano



O Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano cresceu 8,4% em 2007, 10,3% em 2006, 9,4% em 2005 e 17,9 em 2004, em contraste com as quedas de 9,2% e 8% em 2003 e 2002, respectivamente (veja o gráfico). Os anos de queda derivaram do locaute que acompanhou a tentativa de golpe por parte da oposição direitista.



Chávez disse que o governo, “além disso, tem plenos poder e liberdade para tomar qualquer medida de economia e de austeridade para que a Venezuela não se abale pelo desastre financeiro”.



“O controle de câmbio (vigente desde fevereiro de 2003) é um exemplo destas medidas, que permitiu frear a fuga de US$ 20 a US$ 30 bilhões ao ano”, frisou o presidente.



Chávez fez esses esclarecimentos, segundo ele, “para contornar a grande campanha que já começou para pôr medo nos venezuelanos” sobre o futuro econômico do país perante a crise financeira mundial e a previsível queda na demanda de energia que seria gerada.



Da redação, com agências