PIB britânico encolhe e gera novo pânico nos mercados

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem forte queda nesta sexta-feira (24), em meio ao clima negativo que domina o mercado financeiro mundial. Por volta das 14h, o índice Bovespa – referência para o mercado nacional – mostrava queda de 6,22%, aos 31

O pânico nas principais bolsas mundiais foi detonado com a informação que o Produto Interno Bruto (PIB) da Grã-Bretanha encolheu 0,5% no terceiro trimestre do ano, primeira redução em 16 anos. A economia britânica já registrara um resultado frágil no segundo trimestre, com crescimento zero.


 
O aumento na perspectiva de recessão foi acompanhado por uma série de novas notícias negativas. Na Espanha, o desemprego atingiu seu pior nível desde 2004, atingindo 11,3% da população adulta do país. Já a Coréia do Sul teve seu nível de crescimento mais baixo desde o segundo trimestre de 2005.



As bolsas de valores desabam em todo o mundo como resultado. Na Europa, por volta das 13h30 (horário de Brasília), a bolsa de Londres caía 6,27%. Em Paris, o indicador CAC-40 despencava 4,99%, enquanto o DAX da Alemanha caía 6,47%. Na Espanha, o Ibex caía 6,57%. A Bolsa de Moscou suspendeu suas cotações até terça-feira, depois que os índices RTS e Micex registraram quedas superiores a 13%.


 
Nos EUA, os indicadores da Bolsa de Nova York também operam no vermelho. O índice industrial Dow Jones, referência em Nova York, caía 2,65%, enquanto o termômetro tecnológico Nasdaq recuava 2,80% e o S&P perdia 2,71%.


 
Na Ásia, as principais bolsas da região também encerraram as negociações com grandes perdas. O pior desempenho foi registrado em Seul, na Coréia do Sul, onde o Kospi mostrou  prejuízo de 10,57%. No Japão, o índice Nikkei despencou ao encerrar o pregão com perdas de 9,59%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 8,30%.


 


Terceiro recuo seguido



Na quinta-feira, a Bovespa registrou sua terceira queda consecutiva. O Ibovespa apontou uma desvalorização de 3,57%, fechando aos 33.818 pontos, menor patamar da bolsa desde junho de 2006.
 


Em um pregão instável, as cotações da bolsa mostraram grande volatilidade: ao longo da sessão, os papéis chegaram a alternar baixa superior a 6% e alta de quase 2%. O giro financeiro ficou na casa de R$ 4,3 bilhões.



Fonte: G1