Sindicato repudia agressão a jornalista

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul lamenta e repudia as agressões sofridas pelo jornalista Graciliano Rocha, do jornal Folha de S.Paulo, no comitê do candidato José Fogaça, ao final da apuração das eleições municipais, no do

“Olha, tu não és bem quisto aqui. Só escreve matéria f.d.p.”, teria dito o homem. Ao final da coletiva e depois que Fogaça se dirigiu à rua para falar para a militância, Rocha foi abordado pelo mesmo homem na porta de saída. “Levei um soco no supercílio esquerdo e, a seguir, vários outros pelo corpo. Surgiu outro homem, que também começou a me soquear”, relata.


 



Diante das agressões, o jornalista caiu no chão e começou a levar pontapés das duas pessoas, que só pararam depois da chegada de outros jornalistas e de integrantes da cúpula do partido. “Fiz o Boletim de Ocorrência (BO) e exame de corpo de delito. Pessoalmente, apesar de estar com o corpo todo dolorido, este é um capítulo encerrado. Mas o jurídico do jornal é que decidirá o que fazer daqui para frente”, diz Rocha, lembrando que recebeu solidariedade e pedido de desculpas do jornalista Marcelo Villa Bôas, assessor de imprensa de Fogaça ainda no domingo.


 



O profissional está em Porto Alegre desde maio e fez basicamente matérias de cunho político. A que mais chamou a atenção foi a que denunciou o suposoto enriquecimento ilícito do deputado estadual Luiz Fernando Záchia, coordenador da campanha de Fogaça. A reportagem provocou a saída do parlamentar do posto. A última foi publicada no último domingo e tratava da distribuição de bônus moradia pelo governo municipal.


 



O Sindicato entende que este tipo de ocorrência fere a todos os profissionais em exercício no Rio Grande do Sul pois tem o objetivo de cercear a liberdade de informar. Para a entidade, a discordância deve ser resolvida por meio do diálogo e não por agressão física como a que sofreu o jornalista Graciliano Rocha. A direção do Sindicato cobra ainda apuração imediata do caso, a identificação e a punição dos envolvidos nas agressões.


 



Por: Sindicato dos Jornalistas